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domingo, dezembro 01, 2024

A Maravilha Poética, Gustativa e Cultural de Apreciar um Bom Café Brasileiro


Por Enéas Bispo 

O café brasileiro é mais do que uma simples bebida; é uma verdadeira experiência sensorial e cultural. Desde a colheita dos grãos até o momento em que a xícara fumegante chega à mesa, cada etapa do processo é carregada de história, tradição e poesia.

Apreciar um bom café brasileiro é mergulhar em um universo de sabores e aromas únicos. Os grãos, cultivados em solos férteis e sob climas ideais, passam por um rigoroso processo de seleção e torrefação que garante a qualidade excepcional do produto final. O resultado é uma bebida rica, encorpada e com notas que variam do frutado ao achocolatado, proporcionando uma experiência gustativa incomparável.

Mas o café no Brasil vai além do paladar. Ele é um símbolo de hospitalidade e convivência. Em muitas regiões, oferecer uma xícara de café é um gesto de boas-vindas e amizade. As rodas de conversa ao redor de uma mesa de café são momentos de troca de histórias, risadas e, muitas vezes, de inspiração poética.

A cultura do café também está profundamente enraizada na arte e na literatura brasileiras. Poetas e músicos, como Vinicius de Moraes, celebraram o café em suas obras, destacando sua importância na vida cotidiana e na identidade nacional. A música "Samba do Café", por exemplo, é uma ode ao ritual de preparar e saborear essa bebida tão querida pelos brasileiros.

Em suma, o café brasileiro é vida. Ele representa a união de tradição, cultura e prazer, sendo uma verdadeira maravilha poética e gustativa. Cada xícara é um convite para apreciar a riqueza e a diversidade do Brasil, um país onde o café é muito mais do que uma bebida; é uma expressão de amor e arte.
◇◇◇

Esta matéria tem o patrocínio do Frigorífico & Supermercado J.A 
Monteiro-PB 

sábado, outubro 26, 2024

Sou Hoje


Poesia de Marisa Rosa Cabral
Rio,19 de Outubro de 2024

Ontem foi ontem. 
Não sei você mas, vida pra mim, é roupa nova 
É justa, é larga 
É longa, é curta
É lisa, estampada é linho puro 
É chita, seda crua
E às vezes, nua.

Pra mim é um dia após o outro.
Em cada um uma surpresa.
As vezes sou a caça, 
As vezes sou a presa
Água de coco, rio que passa
Sou praia, enxurrada 
Lágrima, sou uma represa.


Talvez eu te queira perto
Sem sufoco, sem cobrança 
Sem compromisso, aliança 
Fica esperto.
Tente entender 
Difícil me ser!

Sou geminiana 
“O duplociente 
Duplopotente 
Duplopresente
Duploconfuso”
Xamã, guru, cigana

As vezes flor
As vezes rosa
Morna, fria…
O mote, a poesia…
Sou de maio, de maior
Vacinado 
Não devo nada a ninguém.

Ontem foi ontem
Eu sou hoje!

sexta-feira, junho 14, 2024

Sorriso Tatuado


Poesia de Marisa Rosa Cabral
Rio de Janeiro, Abril de 2009

Levo comigo teu raro sorriso

Tatuado à palma da mão

Para que, nas horas de saudades

Possa aconchegar ao peito, teus lábios,

e senti-los como se beijassem meu coração.


Ah, quando a noite adormece

Vem-me o tormento,

Teu olhar desvanece como sombra ao sol

Sol das tardes de outono...


E na vigília da noite continua

A teimosia por te querer...

Nem a lua atenua

Este penar

Este arder...


A saudade chega

E ao teu sorriso recorro,

Meu único socorro

À palma das mãos...

Tola ilusão esta que me consola

Como um beijo jogado fora,

Fosse teu sorriso

A moeda, como esmola!

quinta-feira, maio 23, 2024

Era a gente se amando, e os vizinhos acordando


Por Enéas Bispo

Na calada da noite, sob o manto estrelado,
Era a gente se amando, em segredo, calado.
O mundo lá fora, em seu sono mergulhado,
E nós dois, entrelaçados, pelo amor acordado.

Era o sussurro do vento, era o gato no telhado,
Era a gente se amando, e os vizinhos acordando.
Com o canto dos grilos, um concerto improvisado,
Nossos corpos em harmonia, ritmo não planejado.

Na penumbra do quarto, o tempo parecia parado,
Era a gente se amando, o universo ao lado.
Mas o raiar do dia, aos poucos anunciado,
Trouxe o mundo à nossa porta, o encanto revelado.

Era a gente se amando, e os vizinhos espantados,
Com o brilho nos olhos, o amor declarado.
Na dança dos amantes, o silêncio é quebrado,
Era a gente se amando, e o novo dia abençoado.

sábado, maio 04, 2024

Grafite & Tinta

📷/→✍ Enéas Bispo

Com lápis se escreve, traços de esperança,
Em folhas brancas, nasce a dança.
Da literatura que flui, livre e farta,
Nas veias do papel, pulsa a arte.

Com lápis se pinta, o mundo em cores,
Sonhos desenhados, entre dores e amores.
Grafite desliza, contornando a sina,
De uma história que em tinta, se destina.

Literatura e Arte, irmãs de criação,
Uma tece palavras, outra dá forma à visão.
Juntas entrelaçadas, em harmonia e paixão,
Grafite e Tinta, eternas em canção. 

domingo, março 17, 2024

Reflexos de um Espelho Humano


Por Enéas Bispo 

Cada olhar que recebo,

Uma história diferente narra.

Uns me veem como luz,

Outros, sombra que emperra.


Não sou um, sou vários,

À medida do que se espera.

Sou o eco das ações,

Refletindo a justa esfera.


A bondade a uns entrego,

Com sorrisos, a alma clara.

Mas se a maldade chega,

Minha face outra declara.


Sou múltiplo e complexo,

Como a vida que me cerca.

Acredite em todas as versões,

Pois cada qual meus atos marca.


Ajo conforme o merecimento,

Não por mal, mas por justiça.

Cada qual com seu julgamento,

Na balança da convivência.


Assim, sou espelho humano,

Refletindo o que me é dado.

Para o bem ou para o mal,

Meu ser é moldado.

domingo, março 10, 2024

É Ela


Poesia de Marisa Rosa Cabral
RJ, 10 de Março de 2024

Tento fazer poesia
A inspiração não vigora
Um verso chega apressado
Nada diz e vai embora
Um pensamento feliz
Ao pé do ouvido me diz
Pra tudo há tempo e hora

Então, eu largo a caneta
Volto o olhar pra janela
Um batuque me desperta
É um Samba da Portela
Me debruço no batente 
E assim, me vejo contente
A cantarolar “ É ela, É ela.”

sábado, fevereiro 10, 2024

As Palavras


Por Enéas Bispo

Às vezes, as palavras são como notas soltas, melodias que flutuam no ar, sem destino certo.

Elas sussurram segredos e desejos, como o vento que acaricia as folhas das árvores.

Nossos suspiros são versos não escritos poemas que se perdem na vastidão do tempo. Eles ecoam nas paredes do coração, como o eco de uma canção antiga e esquecida.

E assim, entre ais e uis, dançamos na vida, cada passo uma estrofe, cada olhar um verso. Somos poetas da existência, compondo nossa história nas entrelinhas do destino.

segunda-feira, setembro 25, 2023

A Guardiã dos Segredos


Por Enéas Bispo

Ela guarda os segredos do universo

Com sabedoria e discrição

Nada escapa ao seu olhar diverso

Nem mesmo a mais profunda emoção


Ela sabe o que há no coração

De cada ser que habita a terra e o céu

Ela ouve a confissão

De quem se abre com ela como um véu


Ela não julga, nem condena, nem absolve

Ela apenas guarda, com cuidado e amor

Os segredos que a vida lhe envolve


Ela é a guardiã dos segredos, a protetora

Daquilo que é sagrado e misterioso

Ela é a poesia, a arte, a inspiradora


terça-feira, março 19, 2013

Dançando em meu sonho!


Ela é real
É imaginária
Ela é dançarina,
me tirando o sossego
Dançando em meu sonho.

by Enéas Bispo de Oliveira

A Musa da Cidade!


As luzes da cidade estão todas em você!
As janelas dos carros
Os vidros das vitrines!
Os olhos de quem passa só refletem você!
Você é a musa da sinfonia das buzinas!
Sinal verde para as maravilhas do dia-a-dia.
Você é motor de tantos sonhos!
Moderna,
Ativa,
Informada.
A 1000 por hora!
Você é como uma flor brotando do asfalto, dando vida a tudo o que é cinza!

P.S_Fiz este pequeno texto para a querida amiga Bianca Araújo, a moça da foto!
Foto/Texto: Enéas Bispo de Oliveira


segunda-feira, março 18, 2013

A Força da Natureza!



O rebentar de uma flor, uma borboleta saindo do casulo e voando para a liberdade no que a natureza lhe ocasionou. 
Não há nada que segure a força e a liberdade da natureza, ninguém tem força suficiente para impedir um terremoto. Ninguém tem força suficiente para impedir que uma flor rebente, transborde, no imenso alvoroço da emoção silenciosa da natureza.
A natureza trabalha com calma, em silêncio e só quando emerge sentimos o se tresloucar, o desvario; é o raio que corta o céu, é o vulcão que desperta, é a chuva com a sua força.
Quem tem força suficiente para impedir que uma menina se torne mulher, é uma emoção imensa, são os olhos se tornando claros, o corpo tomando forma, os desejos se despertando, é uma alma volteando pelo espaço de uma serena madrugada.

Art foto/Texto: Enéas Bispo de Oliveira

quinta-feira, março 14, 2013

Já que hoje é o dia da Poesia...


Dias e lobos que nos assaltam
E tudo se conjuga no intimo desejo dessa nossa liberdade válida.
A música lenta que transforma o nosso mundo, o nosso micro-cosmo sem cartas marcadas.
É a imagem dos nossos rostos no espelho na manhã seguinte...
É vencer a resistência do teu não, é puxar a tua mão e ir pelo mundo sem resistir os impulsos do mergulho para depois emergir nos gestos e nos reflexos dos nossos desejos.
É nisso que a nossa poesia cresce; na flor que nasce em nós, intensa, irritada, acelerada, furiosa e saudável.
É um lembrar de um cheiro, de uma voz, de um sussurro, de uma mordida na orelha, de um arranhão nas costas.
Eu sei que o nosso mundo é como não deve ser, um pecado sagrado, uma panela transbordando, uma caneta que só escreve na cor azul, um olhar húmido, um penteado desfeito! 
Os nossos dias são muitas vezes feitos sem rostos e sem máscaras; feitos de mil projetos, mil pensamentos, mil tragédias, mil maravilhas, mil enganos, mil...
Sem inocências e com fragrâncias de corpos em contratempos.
É uma rede apertada, é uma rede apertada, é uma rede apertada...
É um prenuncio de fim, no fim.

Texto/Foto: Enéas Bispo de Oliveira

segunda-feira, março 11, 2013

Este texto não é um poema!



É claro que tu lerás este texto, que não é um poema, mas que poderia ser um poema.
Poderia, mas não é... é mais ou menos uma tulipa no copo.
São as urgências de um tri-atleta.
Este texto não é um poema, mas poderia ser um... este texto é uma borboleta procurando flor, é um cérebro fervilhando, é o diabo no circo.
Este texto é uma distração para tua noite de insônia; para que pares de rolar na cama.
Esta página é para tua leitura, é para tua distração! Tu lês esta página e esta página te observa, observa os movimentos das tuas pupilas e faz uma leitura das tuas intenções, como uma águia faminta observa a serpente.
Este texto não é um poema, e tenho que repetir sempre este mantra para que este texto se torne maçante e te provoque sono.
A tua insônia é a tua loucura, é o que faz tu desfazeres os lençóis em movimentos sensuais e perturbadores.
Isto não é um poema, é uma curva cósmica, e tu podes morrer agora, já que este texto está chegando ao fim; mas por favor, ouça (agora)  a música que te enviei ontem.

Texto/Foto: Enéas Bispo de Oliveira

segunda-feira, janeiro 07, 2013

Patrícia Brufatto - Retratos...

Andando pelas as ruas de Porto Alegre conheci a escritora/poeta Patrícia Brufatto, mulher simpática, do riso fácil e palavras inteligentes. Em 40 minutos de conversa quase nos tornamos amigos e uma das coisas que ficou marcada foi ela me dizer que tenho a luz dos vaga-lumes. Eu retruquei, "mas as luzes dos vaga-lumes só são percebidas a noite", ela respondeu, "é, mas é dia e eu percebi a sua".
A Patrícia vende os seus livros, mas também vende as suas poesias de forma individual, achei isso diferente, ousado e inovador. É maravilhoso descobrir estes belos personagens desta bela Porto Alegre.
Abaixo um dos poemas da Patrícia:

ENIGMÁTICO-TRANSPARENTE

I- Tens o vento n'alma forte
a nitidez, a sorte,
o encanto em tuas palavras
Tens, como tens a verdade, 
a lucidez, o debrulhante olhar
que me faz mais amar...
são como purpuras que contornam
teu corpóreo liso dourado,
meu eterno amado

II- És tudo, és vida...
Agora não me engano
Ao passar dos anos,
És difícil "olvidar"
Escuto meu coração reclamar
Ama-me, bem sei
Parece que desvendei de teus ariosos
                 olhos-caramelos...

III- De repente se vimos interligados,
                           consagrados
em paz conosco
nada perturbávamos
o silêncio se fazia oculto
A distância nos (re)-uniu
num selo duradouro
A soberba resultou em saudade
bocas, sonhos se encontraram

IV- Tivemos nós à nossos pés
Sucedeu-se um verdadeiro homem,
diferente do qual o conheci 
sem medos,
sem hematomas n'alma,
com ousadia, prudente
talentos revelados nos braços
            de uma mulher
(Adaptação da autora "Cruz Roja", em Salamanca/Espanha) -homenagem a Paulo Roberto Brum.


terça-feira, maio 29, 2012

Todos tem seu encanto...


Do bem e do mal
Todos tem seu encanto: os santos e os corruptos.
Não há coisa na vida inteiramente má.
Tu dizes que a verdade produz frutos...
Já viste as flores que a mentira dá?
(Mario Quintana - Poeta brasileiro)


Fotografia: Enéas Bispo de Oliveira

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

WISLAWA SZYMBORSKA - Era feita de poesia!


Foi Nobre e foi Nobel! Nobre nos gestos e na elegância da cada poesia terminada, mesmo que a poesia fosse inquieta, perturbadora, daquelas que tira você da quietude natural. Foi Nobel e Nobel não me espanta, o Nobel é apenas para sublinhar o que já era grande, Wislawa era grande, grande personalidade e grande na obra que produziu e deixou para a humanidade.
Chamavam-na de Mozart da Poesia, eu particularmente não gosto de comparações, alusões e paralelismos, ela era ela mesma, mesmo no espanto daqueles que ficam sabendo que ela começou a fazer poesia aos 4 anos de idade. Cada um para o que nasce, o tempo é apenas um aliado ou inimigo, tudo depende da sorte que a natureza nos dota. Enfim...
Quer saber mais sobre a Wislawa Szymborska? Leia os livros desta moça que nos deixou e se foi do planeta azul e deve está compondo poesias para anjos, se anjos apreciam poesias.

Tradução: Ana Cristina Cesar

Quarto do suicida

Vocês devem achar, sem dúvida, que o quarto esteve vazio. 
Mas lá havia três cadeiras de encosto firmes. 
Uma boa lampada para afastar a escuridão. 
Uma mesa, sobre a mesa uma carteira, jornais. 
Buda sereno, Jesus doloroso, 
sete elefantes para boa sorte, e na gaveta - um caderno. 
Vocês acham que nele não estavam nossos endereços?
Acham que faltavam livros, quadros ou discos? 
Mas da parede sorria Saskia com sua flor cordial, 
Alegria, a faísca dos deuses, 
a corneta consolatória nas mãos negras. 
Na estante, Ulisses repousando 
depois dos esforços do Canto Cinco. 
Os rnoralistas, 
seus nomes em letras douradas 
nas lindas lombadas de couro. 
Os políticos ao lado, muito retos. 
E não era sem saída este quarto, 
aos menos pela porta, 
nem sem vista, ao menos pela janela. 
Binóculos de longo alcance no parapeito. 
Uma mosca zumbindo - ou seja, ainda viva. 
Acham então que talvez uma carta explicava algo. 
Mas se eu disser que não havia carta nenhuma -
eramos tantos, os amigos, e todos coubemos
dentro de um envelope vazio encostado num copo.
*

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Fósforos


Dentro de cada caixa de fósforos, dezenas de incêndios adormecidos.
                                                                                        [José Mário Silva]



Foto.: Enéas Bispo de Oliveira

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Ninguém pode ofuscar o olhar de uma mulher!


Ninguém pode ofuscar
A jóia rara
Que brilha no olhar
De uma mulher
Quem sabe o que quer
Não pode resistir
A glória de existir
Sob essa luz
A jóia que seduz
Não cabe em sua mão
Só pode possuir
Quem sabe o seu valor
E der em troca
O coração
De graça em troca
O coração

A jóia da paixão
Não cabe em sua mão
Só pode merecer
Quem nunca se esquecer de dar em troca
O coração
De graça em troca o coração
De dar em troca o coração
De graça em troca o coração
De dar em troca o coração
De graça em troca o coração
Ninguém pode ofuscar o olhar de uma mulher.

Auto-Retrato de Nika Siqueira
Texto de Leila Pinheiro.

P.S_ Essa poesia é para minha amiga Nika e para todas as mulheres de olhar poderoso!