Poesia de Marisa Rosa Cabral
Rio de Janeiro, Abril de 2009
Levo comigo teu raro sorriso
Tatuado à palma da mão
Para que, nas horas de saudades
Possa aconchegar ao peito, teus lábios,
e senti-los como se beijassem meu coração.
Ah, quando a noite adormece
Vem-me o tormento,
Teu olhar desvanece como sombra ao sol
Sol das tardes de outono...
E na vigília da noite continua
A teimosia por te querer...
Nem a lua atenua
Este penar
Este arder...
A saudade chega
E ao teu sorriso recorro,
Meu único socorro
À palma das mãos...
Tola ilusão esta que me consola
Como um beijo jogado fora,
Fosse teu sorriso
A moeda, como esmola!