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quinta-feira, maio 02, 2024

Madonna no Rio: Uma Explosão de Estrelas que Ilumina o Brasil

Por Enéas Bispo

No coração pulsante do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber não apenas um show, mas um espetáculo cósmico que promete gravar seu nome nas estrelas. Em 4 de abril de 2024, os céus cariocas serão palco de uma pirotecnia sem precedentes, onde a rainha do pop, Madonna, descerá como um cometa radiante, trazendo consigo uma explosão de luz, cor e música.

A importância desse evento transcende as fronteiras do entretenimento; é uma celebração da cultura, da arte e da vitalidade brasileira. A presença de Madonna no Rio é como uma supernova, cujo brilho atrai olhares do mundo inteiro, colocando o Brasil no epicentro da música global. Cada nota musical, cada passo de dança, cada faísca que ilumina o céu noturno é uma declaração de que o Rio, e o Brasil como um todo, é um gigante cultural que dança ao ritmo de sua própria batida.

A cidade maravilhosa, conhecida por sua beleza natural e espírito acolhedor, se transformará em um palco gigantesco, onde a energia do público e a performance da estrela se fundirão em uma experiência inesquecível. O show histórico de Madonna não é apenas um concerto; é um marco, um evento que será lembrado como um ponto de encontro entre diferentes culturas e gerações.

Neste dia, o Rio de Janeiro não será apenas uma cidade, mas um símbolo de alegria e união, mostrando ao mundo que a música é uma linguagem universal que conecta pessoas, independente de onde elas venham. E quando as luzes se apagarem e o último acorde ecoar, o legado desse espetáculo pirotécnico continuará a brilhar, inspirando artistas e fãs, e reafirmando o Brasil como uma terra de maravilhas sem fim.


segunda-feira, março 11, 2013

Este texto não é um poema!



É claro que tu lerás este texto, que não é um poema, mas que poderia ser um poema.
Poderia, mas não é... é mais ou menos uma tulipa no copo.
São as urgências de um tri-atleta.
Este texto não é um poema, mas poderia ser um... este texto é uma borboleta procurando flor, é um cérebro fervilhando, é o diabo no circo.
Este texto é uma distração para tua noite de insônia; para que pares de rolar na cama.
Esta página é para tua leitura, é para tua distração! Tu lês esta página e esta página te observa, observa os movimentos das tuas pupilas e faz uma leitura das tuas intenções, como uma águia faminta observa a serpente.
Este texto não é um poema, e tenho que repetir sempre este mantra para que este texto se torne maçante e te provoque sono.
A tua insônia é a tua loucura, é o que faz tu desfazeres os lençóis em movimentos sensuais e perturbadores.
Isto não é um poema, é uma curva cósmica, e tu podes morrer agora, já que este texto está chegando ao fim; mas por favor, ouça (agora)  a música que te enviei ontem.

Texto/Foto: Enéas Bispo de Oliveira

segunda-feira, novembro 28, 2011

A evolução da conquista...



Triste Realidade:
Uma análise da evolução da relação de conquista e do amor do homem para a mulher, através das músicas que marcaram época.
Não é saudosismo, mas vejam como os quarentões, cinquentões tratavam seus amores.
É por isso que de vez em quando vemos uma mulher nova enroscada no pescoço de um cinquentão.

Década de 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor, de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."

Década de 40:
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para Rádio Nacional e manda oferecer a ela uma linda música:
"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua  costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho, que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"

Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.
É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar.
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema.
É a coisa mais linda que eu já vi passar."

Década de 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço, ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."

Década de 70:
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão, abre porta pra  mina entrar e bota uma  jóia no toca fitas:
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....
Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...."

Década de 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."

Década de 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.
E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"

Em 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, anexado num e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão!
Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim!"

Em 2002:
Ele manda um e-mail oferecendo uma música:
"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu!
As preparadas! Hu Hu Hu Hu!
As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"

Em 2003:
Ele oferece uma música no baile:
"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó!"

Em 2004:
Ele a chama para dançar no meio da pista:
"Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas!
Ela sobe, ela desce, ela dá uma rodada, elas estão descontroladas!"

Em 2005:
Ele resolve mandar um convite para ela, através de um anexo de e-mail:
"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lelê!"

Em 2006:
Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:
"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!
Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p’ra mim!"

Em 2010:
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo volume:
"Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber?
Eu sou o lobo mau, au, au
Eu sou o lobo mau, au, au
E o que você vai fazer?
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer"

Mulheradaaaaaaaaaaaaaaa....
ONDE FOI QUE VOCÊS ERRARAM?

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

quarta-feira, novembro 10, 2010

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA AO FORRÓ ATUAL.

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.
Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.
Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.


ARIANO SUASSUNA 

OBSERVAÇÃO.:O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.


Realmente, alguma coisa está muito errada com esse nosso país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta 'sou sua cachorrinha', aonde vamos parar? Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, pq tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'? Os homens vão e atendem. Vamos passar essa mensagem adiante, as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto... Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de 'forró' ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida!¨

PS_Diferente de Portugal onde rapariga quer dizer moça, no Brasil rapariga é sinônimo de prostituta!


Foto.: Enéas Bispo de Oliveira