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terça-feira, janeiro 02, 2024

Como utilizar de forma eficaz o marketing multinível: dicas práticas e estratégicas


Por Enéas Bispo 

O marketing multinível (MMN) é uma forma de venda direta que envolve a criação de uma rede de distribuidores independentes que vendem produtos ou serviços de uma empresa. O MMN é também conhecido como marketing de rede, marketing de relacionamento ou venda direta por níveis.

O MMN pode ser uma oportunidade de negócio lucrativa para quem deseja ter uma renda extra ou até mesmo uma carreira profissional. No entanto, o MMN também apresenta desafios e riscos, como a concorrência, a rejeição, a falta de apoio, a baixa qualidade dos produtos ou serviços, ou a ilegalidade de alguns esquemas.

Para ter sucesso no MMN, é preciso seguir algumas dicas e estratégias, tais como:

- Escolher uma empresa séria, ética e legalizada, que ofereça produtos ou serviços de qualidade, com demanda no mercado, e que tenha um plano de compensação justo e transparente.
- Pesquisar sobre a empresa, os produtos ou serviços, o plano de compensação, o histórico, a reputação, os depoimentos, as reclamações, e os resultados dos distribuidores.
- Definir os objetivos, o público-alvo, o nicho de mercado, o orçamento, o tempo disponível, e as estratégias de divulgação e vendas.
- Aprender sobre o produto ou serviço, seus benefícios, características, diferenciais, vantagens competitivas, e formas de uso ou aplicação.
- Aprender sobre o mercado, as tendências, as necessidades, os desejos, os problemas, as dores, e as soluções dos potenciais clientes.
- Aprender sobre as técnicas de vendas, de comunicação, de persuasão, de negociação, de fechamento, e de pós-venda.
- Aprender sobre as técnicas de recrutamento, de treinamento, de liderança, de motivação, de reconhecimento, e de retenção de distribuidores.
- Aprender sobre as ferramentas de marketing, como as redes sociais, os sites, os blogs, os vídeos, os podcasts, os webinars, os e-books, os e-mails, os anúncios, os eventos, etc.
- Aprender com os líderes, os mentores, os coaches, os cursos, os livros, os artigos, os podcasts, os vídeos, etc.
- Aplicar o que aprendeu, colocando em prática as ações planejadas, testando, medindo, avaliando, e corrigindo o que for necessário.
- Ser persistente, paciente, disciplinado, focado, organizado, proativo, criativo, ético, honesto, e profissional.
- Ser positivo, confiante, entusiasmado, apaixonado, grato, e feliz.

Seguindo essas dicas e estratégias, é possível alcançar o sucesso no marketing multinível, gerando renda, realizando sonhos, e ajudando outras pessoas a fazerem o mesmo. 

quarta-feira, outubro 04, 2023

Como usar os arquétipos para criar uma marca forte e autêntica


Por Enéas Bispo

Os arquétipos são modelos universais de personalidade que representam os valores, as motivações e os comportamentos humanos. Eles são usados há séculos na literatura, na arte e na religião para transmitir mensagens poderosas e emocionantes. Mas o que eles têm a ver com marketing?


O marketing é a arte de comunicar o valor de um produto ou serviço para um público-alvo, com o objetivo de gerar interesse, confiança e lealdade. Para isso, é preciso criar uma identidade de marca que se diferencie da concorrência e que se conecte com os desejos e as necessidades dos consumidores.


É aí que entram os arquétipos. Eles podem ajudar a definir a personalidade, a voz e o propósito de uma marca, criando uma história envolvente e consistente que ressoa com o público. Os arquétipos também podem inspirar a criação de um nome, um logo, um slogan, um design e uma estratégia de marketing que reflitam a essência da marca.


Existem 12 arquétipos principais, baseados na obra do psicólogo Carl Jung, que podem ser aplicados ao marketing. São eles:


O Inocente: é o arquétipo da pureza, da simplicidade e da felicidade. Ele busca viver em harmonia com o mundo, sem perder a sua essência. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de otimismo, de confiança e de honestidade. Exemplos: Coca-Cola, Dove, Disney.

O Explorador: é o arquétipo da aventura, da liberdade e da descoberta. Ele busca explorar novos horizontes, desafiar os limites e viver experiências autênticas. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de ousadia, de inovação e de independência. Exemplos: Red Bull, Jeep, Airbnb.

O Sábio: é o arquétipo do conhecimento, da inteligência e da sabedoria. Ele busca compreender o mundo, encontrar a verdade e compartilhar o seu aprendizado. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de autoridade, de credibilidade e de confiabilidade. Exemplos: Google, IBM, Harvard.

O Herói: é o arquétipo da coragem, da força e da vitória. Ele busca superar os obstáculos, enfrentar os desafios e alcançar os seus objetivos. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de liderança, de competência e de eficiência. Exemplos: Nike, FedEx, Mastercard.

O Fora da Lei: é o arquétipo da rebeldia, da mudança e da revolução. Ele busca romper as regras, questionar o status quo e provocar a transformação. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de irreverência, de originalidade e de autenticidade. Exemplos: Harley-Davidson, Apple, Netflix.

O Amante: é o arquétipo da paixão, da beleza e da sensualidade. Ele busca estabelecer relações profundas, expressar os seus sentimentos e desfrutar dos prazeres da vida. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de elegância, de sofisticação e de sedução. Exemplos: Chanel, Victoria's Secret, Godiva.

O Bobo da Corte: é o arquétipo do humor, da diversão e da alegria. Ele busca fazer as pessoas rirem, aliviar as tensões e aproveitar o momento presente. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de descontração, de criatividade e de espontaneidade. Exemplos: M&M's, Ben & Jerry's, Skittles.

O Cuidador: é o arquétipo da generosidade, da compaixão e do serviço. Ele busca ajudar os outros, proteger os vulneráveis e promover o bem-estar. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de empatia, de responsabilidade e de confiança. Exemplos: Johnson & Johnson, Volvo, Unicef.

O Mago: é o arquétipo da magia, da transformação e da realização. Ele busca criar a realidade que deseja, usar o seu poder para o bem e inspirar os outros a fazerem o mesmo. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de encantamento, de visão e de excelência. Exemplos: Disney, Tesla, TED.

O Criador: é o arquétipo da criatividade, da originalidade e da expressão. Ele busca manifestar a sua visão, produzir algo de valor e deixar a sua marca no mundo. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de arte, de invenção e de qualidade. Exemplos: Lego, Sony, Moleskine.

O Governante: é o arquétipo da liderança, da autoridade e do controle. Ele busca exercer o seu poder, estabelecer a ordem e garantir a estabilidade. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de prestígio, de confiança e de segurança. Exemplos: Mercedes-Benz, Rolex, American Express.

O Cara Comum: é o arquétipo da simplicidade, da honestidade e da lealdade. Ele busca pertencer a um grupo, ser aceito pelos outros e viver em paz. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de proximidade, de confiabilidade e de acessibilidade. Exemplos: Ikea, Levi's, Coca-Cola.


Para usar os arquétipos para criar uma marca forte e autêntica, é preciso seguir alguns passos:


Definir o público-alvo: quem são os potenciais clientes da marca? Quais são as suas características, necessidades, desejos e problemas?

Escolher o arquétipo: qual é o arquétipo que melhor representa a personalidade, a voz e o propósito da marca? Qual é o arquétipo que mais se conecta com o público-alvo?

Criar a identidade visual: como a marca vai se apresentar visualmente para o público? Quais são as cores, as formas, as fontes e os símbolos que expressam o arquétipo escolhido?

Criar a mensagem verbal: como a marca vai se comunicar verbalmente com o público? Quais são as palavras, os tons, os slogans e as histórias que expressam o arquétipo escolhido?

Criar a estratégia de marketing: como a marca vai divulgar o seu valor para o público? Quais são os canais, as mídias, as ações e as ofertas que expressam o arquétipo escolhido?


Usando os arquétipos para criar uma marca forte e autêntica, é possível gerar uma conexão emocional com o público, diferenciar-se da concorrência e construir uma reputação sólida no mercado. Os arquétipos são ferramentas poderosas para criar marcas que encantam, inspiram e fidelizam os consumidores.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Rebranding Portugal (e os portugueses)

Enéas Bispo de Oliveira - Todos os direitos reservados


Portugal? País simples, de gente simples, não muito esperta, não muito coisa nenhuma.


Augusto é brasileiro, paulista. Augusto tem uma certa ideia de Portugal. No caso dele, ter certas ideias é uma forma de vida. Augusto é especialista em branding de países. Marcas. Marcas de países. Augusto vive e trabalha em Londres há anos, presume-se que muito bem. Os nossos "irmãos" sabem tudo sobre branding. Veja-se o branding do Brasil, um país onde existe miséria, corrupção, desigualdade e violência assassina. Augusto: o nosso branding é bom, o Brasil é associado a alegria, futebol, samba, carnaval, beleza, ecologia, paisagem. E dinheiro, penso eu. É bom ser um país rico, nisto de branding. Todo a gente prefere um rico decadente e drogado, corrompido e vicioso, a um pobre lavadinho e com o chapéu, respeitosamente na mão.
Pergunto ao augusto Augusto como é, neste momento angustiado, a brand Portugal. Oh, Augusto rola os olhos. Má marca. Uma comiseração sai-lhe dos lábios. Portugal? Ora bem, país simples, de gente simples, não muito esperta, não muito coisa nenhuma, humilde, subserviente, lenta, pouco ativa. Falida. E desigual. O Brasil também é desigual, muito mais desigual, mas o brand do Brasil é ótimo. Já o sabemos. Como inverter esta tendência? Um país pobre, simplório, etc., segundo o génio brasileiro de branding. Talvez Portugal possa jogar no Euromilhões. Para ricos não vamos.
Depois deste interlúdio sobre o país como marca, abro o "Financial Times" e leio uma carta de uma brasileira, a sra.Viridiana Monticelli, que escreve de Madrid. É uma brasileira que trabalhou nos mercados de capitais e dívida da "Ibéria", muitos anos. O texto do "FT" a dizer que o Brasil devia anexar Portugal faz todo o sentido do ponto de vista económico (diz ela) mas é capaz de tocar numa corda sensível dos portugueses. "Porque lhes resta pouco do que foi em tempos Portugal de um ponto de vista cultural". "A televisão brasileira transformou a língua portuguesa tornando-a irreconhecível e criando uma divisão geracional, o equivalente de miúdos em Londres a falar com um sotaque texano. Digerimos a influência cultural deles e cuspimo-la de um modo muito (latino) politicamente incorreto: os portugueses são os primos inferiores e foram sempre objeto de gracejos rudes no Brasil. Penso que nos EUA seria o equivalente de gracejos sobre polacos, em Inglaterra sobre os irlandeses e escoceses, na França sobre os belgas. No Brasil, se queremos dizer que alguém é lento, chamamos-lhe Manuel, o nome mais típico em Portugal. Se não falam português não conseguem imaginar a escala de humilhação que os brasileiros infligem diariamente ao orgulho nacional português, por maldade e sem descanso. É um desporto nacional, parte do ser brasileiro. Apesar de a maioria dos portugueses gracejar durante anos sobre a vossa sugestão ser o único caminho (a tal anexação), oficializá-la seria muito doloroso".
Eis como uma pessoa esperta, esperta ao ponto de trabalhar em mercados financeiros, gente espertíssima, não hesita em considerar seriamente a proposta do "FT" da anexação. Eis como uma pessoa esperta não hesita em pensar como uma pessoa estúpida. A senhora não percebeu que os portugueses gostam de dizer mal dos portugueses mas irritam-se quando outros dizem mal deles (os judeus também). A senhora também não percebeu Portugal. Embora os próprios portugueses tenham dificuldade nesse campo.
Este tipo de ideias feitas, nenhuma boa, é reforçado pela imagem que Portugal tem agora. A de um país desgraçado, desgovernado, sem competência nem currículo. E, no meio da indignidade, aquele doutoramento   honoris causa a Lula tresanda a humilhação suplementar. Pedir dinheiro em troca de cátedra; embora o dinheiro não venha, disse a dona Dilma. Augusto, q'cê acha dá Dilma? E ele, sério: "Dilma é uma intelectual". Vocês contratavam o Augusto? Eu não. O Brasil é isto, diria uma Viridiana lusitana, um país de analfabetos simplórios que acham Dilma intelectual. Se a Dilma é uma intelectual eu sou o Fernando Pessoa. Mais o Camões.
Aqui chegámos. Convencidos de que o resto do mundo, e os brasileiros, se interessam por nós. Um político contrataria a estelar empresa do Augusto para fazer o rebranding da marca Portugal; eu tenho outra certeza. O Augusto está a ver se saca um contrato com Portugal. Tal como outros brasileiros antes dele, que andaram por aí a sacar o seu (isto é o belo português de telenovela) e nos deixaram quando a teta secou. E a dona Viridiana? Só o provincianismo português tolera que se repitam estas coisas e se levem a sério estes dislates. Na verdade, foi uma brasileira que escreveu uma carta ao "FT". Nem um português, um só, sentiu que devia escrever uma carta ao jornal sobre o texto estúpido que publicou. O rebranding começa aqui. A decência também.

Texto: Clara Ferreira Alves - Revista Única/PT
Fotografia: Enéas Bispo de Oliveira