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domingo, outubro 20, 2024

Fernanda Montenegro Celebra 95 Anos - Uma Lenda Viva da Dramaturgia


Por Enéas Bispo

Nesta semana, a icônica atriz Fernanda Montenegro completou 95 anos, um marco celebrado com entusiasmo pela imprensa nacional e internacional. Reconhecida como a grande dama da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro continua a ser uma figura central no teatro, cinema e televisão, com uma carreira que abrange mais de sete décadas.

Homenagens Nacionais

No Brasil, veículos como o G1 destacaram momentos memoráveis da carreira da atriz, relembrando suas atuações marcantes em novelas como "Baila Comigo" e "Belíssima". A reportagem enfatizou sua contribuição inestimável para a cultura brasileira, sendo a única atriz do país indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em "Central do Brasil".

A Agência Brasil também celebrou a trajetória de Fernanda, ressaltando sua origem como locutora e radioatriz na Rádio MEC, onde começou aos 15 anos. A matéria destacou como Fernanda inventou seu nome artístico e se tornou uma referência de qualidade e integridade na atuação.

Reconhecimento Internacional

A imprensa internacional não ficou atrás nas homenagens. Diversos veículos destacaram a longevidade e a relevância de sua carreira. Fernanda Montenegro é vista como um símbolo de resistência e dedicação à arte, admirada por audiências ao redor do mundo.

Celebração nas Redes Sociais

Fernanda Montenegro também usou suas redes sociais para comemorar a data, compartilhando um post no Instagram onde refletiu sobre suas "80 primaveras no palco". A postagem recebeu uma enxurrada de homenagens de colegas de profissão e fãs, reafirmando seu status como uma das artistas mais queridas e respeitadas do Brasil.

Aos 95 anos, Fernanda Montenegro continua a inspirar gerações com seu talento e paixão pela arte, consolidando seu legado como uma verdadeira lenda viva da dramaturgia.

quinta-feira, novembro 01, 2012

O Amor é um teatro às escuras!

Foto: Enéas Bispo de Oliveira

O Amor é um teatro às escuras!
Um sapateiro no sótão.
Uma alegoria, um ofício poético.
O Amor é um percurso; chegadas e partidas, encontros e despedidas.
O Amor é um teatro às escuras!
É a promessa,
É um mundo
É ilusão.
É a toalha que cai
É  o teu olhar que chama.
O Amor é um teatro às escuras
Onde tudo acontece.
O Amor é um teatro às escuras!
São palavras, corpos, fragmentos, enredos, gestos,  mãos deslizando em transgressão.
O Amor é um teatro às escuras!
É um respirar profundo
É um sim, é um não.
É uma cortina que se fecha sem aplausos.
E assim, o Amor, prescreve no fim.

Texto:Enéas Bispo de Oliveira

quinta-feira, outubro 30, 2008

A TRISTE MORTE DO PIANO


E o piano morreu nas labaredas do teatro! A morte na madrugada insana, a madrugada ofegante da cidade opressora. Morreu o piano, consumido nas labaredas do teatro. Morte lenta e cruel na madrugada silenciosa paulistana.
Toda a cidade dormia enquanto o Piano morria.
Nenhum acorde, nenhuma nota em suas teclas, nenhum lamento, nenhuma trilha sonora para morte noturna do Piano.
O fogo crepitava, lambia, se enroscava no corpo do Piano; comia suas carnes, seus choros, seus gritos, suas melodias sem audiência.
Mas eu digo que nenhuma morte é silenciosa, existe mesmo os gritos calados.
E São Paulo acordou com a notícia da morte do Piano; o jornal escreveu, o rádio falou, a televisão mostrou. Mas a cidade insana não chorou e nem lamentou a morte do Piano.
Se pessoas morrem aos montes porque haveríamos de chorar a morte de um Piano? Me perguntou alguém.

Mas eu chorei a morte do Piano!!!
Um choro solitário, para poucos...
Pianos não podem morrer! Piano não pode morrer numa morte humilhante, consumido pelo fogo numa madrugada qualquer. Numa madrugada em que nem canto de galo se ouvia.
O Piano morreu! E com ele as esperanças de homens e mulheres, de crianças sem guarida. Morreu a esperança daqueles que buscam a felicidade dos acordes batidos nas teclas de um Piano.
Mas o certo é que o Piano se transformou em cinzas sonoras, cinzas espalhadas nos acordes dissonantes da cidade, cidade carente de sons de alegria. De melodias e de sorrisos! Melodias de Piano.
O Piano morreu e a sua alma vaga pela cidade vaga.

Enéas Bispo de Oliveira – Fotógrafo e triste com a morte do Piano.