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sexta-feira, setembro 18, 2009

Como funciona o cérebro de um líder?



Universidades norte-americanas procuram descobrir as diferenças na actividade cerebral dos melhores líderes.
O que faz um bom líder? Que qualidades nos permitem identificar o CEO que melhor consegue liderar a sua equipa sob pressão? É possível treinar essas qualidades? Estas questões têm sido ponderadas por Pierre Balthazard, professor associado da Carey School of Business da Universidade de Arizona State.A investigação da liderança tem-se focado em determinar que capacidades inspiram indivíduos e grupos a funcionar de uma forma mais eficaz. Mas, recentemente, investigadores têm procurado formas de incutir essas capacidades em pessoas menos experientes. E com as escolas de negócios a repensarem as suas abordagens, muitas estão a incorporar liderança, ética e responsabilidade como temas de base, juntamente como temas mais tradicionais como a economia e as finanças.O trabalho de Pierre Balthazard foi inspirado pela pesquisa do neurocientista Jeffrey Fannin, psicólogo e director executivo do Center for Cognitive Enhancement, uma clínica na área da universidade. Fannin estudou os cérebros dos seus pacientes e encontrou padrões para comportamentos disfuncionais, conseguindo, através de exercícios específicos mudar o seu comportamento.Os dois homens estudaram o comportamento de 55 líderes da comunidade com diversas capacidades de liderança e pensam ter encontrado a actividade eléctrica no cérebro que determina a força de um líder. Entre os resultados do seu estudo, o professor Balthazard destaca a diferença na actividade cerebral dos líderes com qualidades como esperança, optimismo e perseverança.Outra instituição que tem apostado neste ramo é o Leadership Centre da escola de gestão da Universidade do Texas, em Dallas, que fez uma parceria com o Center for Brain Health da universidade para desenvolver um teste de cérebro para executivos em algumas das maiores corporações mundiais. Gestores da empresa de telemóveis sueca Ericsson e da cadeia de hotéis francesa Accor, são participantes piloto.Os testes analisam, entre outras, a capacidade "de recolher informação rapidamente e depois resumi-la num formato coerente", explica, ao Financial Times, Jerry Hoag, reitor associado para educação executiva na UT Dallas. Depois de completados os testes, os resultados dos gestores são comparados com a amostra geral da população, e são treinados para melhorar, mas sempre com a consciência que não é um processo imediato. "A liderança é uma questão de comportamento, e não se pode mudar comportamento com uma intervenção de dois ou três dias", afirma Jerry Hoag. "Mudar comportamento é muito difícil".
FONTE.: Diário Económico/Portugal
MANIPULAR O CÉREBRO LEVANTA QUESTÕES ÉTICAS.
Enquanto homens como Pierre Balthazard e Jerry Hoag estão empenhados em descobrir se é possível treinar o cérebro para mudar certos hábitos comportamentais, outros na comunidade científica ponderam se é algo que devemos sequer tentar fazer. Muitos dos críticos a este tipo de trabalho científico descrevem-no como algo "orwelliano", citando o ditatorial futuro descrito no livro "1984".