O agro brasileiro é um dos setores mais importantes da economia nacional, responsável por gerar emprego, renda e divisas para o país. No entanto, esse segmento também é alvo de críticas e acusações de ser o principal vilão do meio ambiente, especialmente no que se refere ao desmatamento da Amazônia e ao uso de agrotóxicos. Essa visão negativa do agro foi evidenciada nas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2023, que abordaram temas como a pecuária extensiva, a monocultura da soja e o impacto dos transgênicos na biodiversidade.
O que essas questões revelam é uma falta de conhecimento sobre a realidade do agro brasileiro, que vem se modernizando e se tornando cada vez mais sustentável. Segundo dados da Embrapa, o Brasil é o país que mais preserva suas florestas nativas, com 66,3% do seu território coberto por vegetação original. Além disso, o país é líder mundial em agricultura de baixo carbono, com práticas como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de biocombustíveis. O Brasil também é referência em biossegurança, com rigorosos critérios para a aprovação e o uso de organismos geneticamente modificados (OGMs) e defensivos agrícolas.
Portanto, é preciso combater a demonização do agro brasileiro, que é baseada em mitos e preconceitos, e valorizar o seu papel estratégico para o desenvolvimento do país. O ENEM, como uma avaliação que visa medir as competências e habilidades dos estudantes, deveria contribuir para a formação de uma consciência crítica e cidadã, e não para a propagação de uma visão distorcida e simplista de um setor tão complexo e diverso como o agro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário