A luz artificial, guarda uma semelhança tênue de um pequeno Sol enluarado, lembra um pouco o duelo que trava o som com o silêncio nas sinfonias, aos ouvidos humanos. Ainda não há como saber o que nasceu primeiro: a luz ou a treva. Se o Velho Testamento estiver correto, a luz é mais recente que o escuro do Cosmo. Mas sobre o som, o que pensaria Deus? O ouvido e olhar são, talvez, os sentidos mais usados no mundo das populações. A luz e o som se propagam através de ondas, uma sobre o escuro, a outra sobre o silêncio.
A luz trouxe consigo um novo território para o silêncio, que se recolheu para as cercanias, ao mais além dos arrabaldes.
Texto: Luiz Sérgio Metz - Escritor gaúcho
Fotos: Enéas Bispo de Oliveira
*Fotos da Usina do Gasômetro, Porto Alegre/Rio Grande do Sul-Brasil
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