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sábado, setembro 14, 2024

Chuva Preta - O Fenômeno que Assusta e Preocupa o Brasil


Por Enéas Bispo*

Nos últimos dias, moradores de diversas regiões do Brasil têm se deparado com um fenômeno climático incomum e preocupante: a chuva preta. Este evento, que já foi registrado em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, é resultado direto das queimadas que assolam o país.

A chuva preta ocorre quando partículas de fuligem, provenientes da queima incompleta de materiais orgânicos como madeira e resíduos agrícolas, se misturam com a umidade do ar. Essas partículas são carregadas pela fumaça das queimadas e, ao se encontrarem com nuvens de chuva, formam gotas de água escurecidas pela fuligem.

Impactos na Saúde e no Meio Ambiente

Especialistas alertam que a chuva preta não deve ser consumida, pois pode conter substâncias tóxicas. Além disso, o contato prolongado com essa água pode causar irritações na pele e problemas respiratórios, especialmente em pessoas com condições pré-existentes como asma e bronquite.

O fenômeno também destaca a gravidade das queimadas no Brasil, que têm aumentado significativamente nos últimos anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de incêndios florestais em agosto foi o maior em uma década. A fuligem resultante dessas queimadas não só afeta a qualidade do ar, mas também contribui para a formação da chuva preta, agravando ainda mais a situação ambiental e de saúde pública.

Medidas de Prevenção e Mitigação

Para mitigar os efeitos da chuva preta, é essencial intensificar os esforços de combate às queimadas e promove práticas agrícolas mais sustentáveis. Além disso, a população deve ser orientada a evitar o contato com a água da chuva preta e a buscar abrigo durante precipitações desse tipo.

A conscientização sobre os impactos das queimadas e a importância da preservação ambiental são passos cruciais para evitar que fenômenos como a chuva preta se tornem cada vez mais comuns. A colaboração entre governos, organizações não-governamentais e a sociedade civil é fundamental para enfrentar esse desafio e proteger a saúde pública e o meio ambiente.

*FONTES: O Globo, Carta Capital e DW.

sexta-feira, outubro 06, 2023

Por que o horário de verão é prejudicial para a saúde, a economia e o meio ambiente


Por Enéas Bispo

O horário de verão é uma medida adotada por alguns países para aproveitar melhor a luz solar durante o verão, adiantando os relógios em uma hora. Essa prática tem como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica, principalmente no período da tarde, quando há maior demanda. No entanto, o horário de verão também traz uma série de desvantagens e efeitos negativos para a saúde, a economia e o meio ambiente, que devem ser levados em consideração antes de implementá-lo ou mantê-lo.


Um dos principais problemas do horário de verão é que ele altera o ritmo circadiano das pessoas, que é o ciclo biológico de 24 horas que regula o sono, a alimentação, a temperatura corporal e outras funções vitais. Ao mudar a hora oficial, o horário de verão provoca uma dessincronização entre o relógio interno e o externo, causando distúrbios do sono, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, alterações de humor e até mesmo depressão . Esses efeitos podem afetar negativamente o desempenho escolar, profissional e social das pessoas, além de aumentar os riscos de acidentes de trânsito e de trabalho .


Outro aspecto negativo do horário de verão é que ele não gera a economia de energia esperada, pois as pessoas tendem a compensar o uso de luz artificial com o uso de outros aparelhos elétricos, como ar-condicionado, ventiladores, televisores e computadores . Além disso, o horário de verão pode causar um aumento no consumo de água, pois as pessoas ficam mais tempo fora de casa e usam mais chuveiros, torneiras e irrigação. Esses fatores podem anular ou até mesmo superar os benefícios do horário de verão em termos de eficiência energética.


Por fim, o horário de verão também pode ter um impacto negativo sobre o meio ambiente, pois altera o ciclo natural dos animais e das plantas. Muitas espécies dependem da luz solar para regular seus comportamentos, como migração, reprodução, alimentação e hibernação. Ao mudar a hora oficial, o horário de verão pode interferir nesses processos e causar desequilíbrios ecológicos . Por exemplo, alguns pássaros podem cantar mais cedo ou mais tarde do que o normal, afetando a comunicação e a reprodução da espécie. Além disso, algumas plantas podem florescer ou frutificar fora da época adequada, prejudicando a polinização e a dispersão de sementes.


Diante desses argumentos, fica evidente que o horário de verão é uma péssima ideia, pois traz mais prejuízos do que benefícios para a saúde, a economia e o meio ambiente. Portanto, é preciso repensar essa medida e buscar outras formas mais eficazes e sustentáveis de economizar energia e aproveitar melhor a luz natural.