terça-feira, janeiro 02, 2024
Como utilizar de forma eficaz o marketing multinível: dicas práticas e estratégicas
quarta-feira, outubro 04, 2023
Como usar os arquétipos para criar uma marca forte e autêntica
Os arquétipos são modelos universais de personalidade que representam os valores, as motivações e os comportamentos humanos. Eles são usados há séculos na literatura, na arte e na religião para transmitir mensagens poderosas e emocionantes. Mas o que eles têm a ver com marketing?
O marketing é a arte de comunicar o valor de um produto ou serviço para um público-alvo, com o objetivo de gerar interesse, confiança e lealdade. Para isso, é preciso criar uma identidade de marca que se diferencie da concorrência e que se conecte com os desejos e as necessidades dos consumidores.
É aí que entram os arquétipos. Eles podem ajudar a definir a personalidade, a voz e o propósito de uma marca, criando uma história envolvente e consistente que ressoa com o público. Os arquétipos também podem inspirar a criação de um nome, um logo, um slogan, um design e uma estratégia de marketing que reflitam a essência da marca.
Existem 12 arquétipos principais, baseados na obra do psicólogo Carl Jung, que podem ser aplicados ao marketing. São eles:
■ O Inocente: é o arquétipo da pureza, da simplicidade e da felicidade. Ele busca viver em harmonia com o mundo, sem perder a sua essência. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de otimismo, de confiança e de honestidade. Exemplos: Coca-Cola, Dove, Disney.
■ O Explorador: é o arquétipo da aventura, da liberdade e da descoberta. Ele busca explorar novos horizontes, desafiar os limites e viver experiências autênticas. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de ousadia, de inovação e de independência. Exemplos: Red Bull, Jeep, Airbnb.
■ O Sábio: é o arquétipo do conhecimento, da inteligência e da sabedoria. Ele busca compreender o mundo, encontrar a verdade e compartilhar o seu aprendizado. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de autoridade, de credibilidade e de confiabilidade. Exemplos: Google, IBM, Harvard.
■ O Herói: é o arquétipo da coragem, da força e da vitória. Ele busca superar os obstáculos, enfrentar os desafios e alcançar os seus objetivos. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de liderança, de competência e de eficiência. Exemplos: Nike, FedEx, Mastercard.
■ O Fora da Lei: é o arquétipo da rebeldia, da mudança e da revolução. Ele busca romper as regras, questionar o status quo e provocar a transformação. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de irreverência, de originalidade e de autenticidade. Exemplos: Harley-Davidson, Apple, Netflix.
■ O Amante: é o arquétipo da paixão, da beleza e da sensualidade. Ele busca estabelecer relações profundas, expressar os seus sentimentos e desfrutar dos prazeres da vida. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de elegância, de sofisticação e de sedução. Exemplos: Chanel, Victoria's Secret, Godiva.
■ O Bobo da Corte: é o arquétipo do humor, da diversão e da alegria. Ele busca fazer as pessoas rirem, aliviar as tensões e aproveitar o momento presente. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de descontração, de criatividade e de espontaneidade. Exemplos: M&M's, Ben & Jerry's, Skittles.
■ O Cuidador: é o arquétipo da generosidade, da compaixão e do serviço. Ele busca ajudar os outros, proteger os vulneráveis e promover o bem-estar. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de empatia, de responsabilidade e de confiança. Exemplos: Johnson & Johnson, Volvo, Unicef.
■ O Mago: é o arquétipo da magia, da transformação e da realização. Ele busca criar a realidade que deseja, usar o seu poder para o bem e inspirar os outros a fazerem o mesmo. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de encantamento, de visão e de excelência. Exemplos: Disney, Tesla, TED.
■ O Criador: é o arquétipo da criatividade, da originalidade e da expressão. Ele busca manifestar a sua visão, produzir algo de valor e deixar a sua marca no mundo. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de arte, de invenção e de qualidade. Exemplos: Lego, Sony, Moleskine.
■ O Governante: é o arquétipo da liderança, da autoridade e do controle. Ele busca exercer o seu poder, estabelecer a ordem e garantir a estabilidade. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de prestígio, de confiança e de segurança. Exemplos: Mercedes-Benz, Rolex, American Express.
■ O Cara Comum: é o arquétipo da simplicidade, da honestidade e da lealdade. Ele busca pertencer a um grupo, ser aceito pelos outros e viver em paz. As marcas que se identificam com esse arquétipo transmitem uma imagem de proximidade, de confiabilidade e de acessibilidade. Exemplos: Ikea, Levi's, Coca-Cola.
Para usar os arquétipos para criar uma marca forte e autêntica, é preciso seguir alguns passos:
● Definir o público-alvo: quem são os potenciais clientes da marca? Quais são as suas características, necessidades, desejos e problemas?
● Escolher o arquétipo: qual é o arquétipo que melhor representa a personalidade, a voz e o propósito da marca? Qual é o arquétipo que mais se conecta com o público-alvo?
● Criar a identidade visual: como a marca vai se apresentar visualmente para o público? Quais são as cores, as formas, as fontes e os símbolos que expressam o arquétipo escolhido?
● Criar a mensagem verbal: como a marca vai se comunicar verbalmente com o público? Quais são as palavras, os tons, os slogans e as histórias que expressam o arquétipo escolhido?
● Criar a estratégia de marketing: como a marca vai divulgar o seu valor para o público? Quais são os canais, as mídias, as ações e as ofertas que expressam o arquétipo escolhido?
Usando os arquétipos para criar uma marca forte e autêntica, é possível gerar uma conexão emocional com o público, diferenciar-se da concorrência e construir uma reputação sólida no mercado. Os arquétipos são ferramentas poderosas para criar marcas que encantam, inspiram e fidelizam os consumidores.
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Rebranding Portugal (e os portugueses)
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Enéas Bispo de Oliveira - Todos os direitos reservados |
Eis como uma pessoa esperta, esperta ao ponto de trabalhar em mercados financeiros, gente espertíssima, não hesita em considerar seriamente a proposta do "FT" da anexação. Eis como uma pessoa esperta não hesita em pensar como uma pessoa estúpida. A senhora não percebeu que os portugueses gostam de dizer mal dos portugueses mas irritam-se quando outros dizem mal deles (os judeus também). A senhora também não percebeu Portugal. Embora os próprios portugueses tenham dificuldade nesse campo.
Este tipo de ideias feitas, nenhuma boa, é reforçado pela imagem que Portugal tem agora. A de um país desgraçado, desgovernado, sem competência nem currículo. E, no meio da indignidade, aquele doutoramento honoris causa a Lula tresanda a humilhação suplementar. Pedir dinheiro em troca de cátedra; embora o dinheiro não venha, disse a dona Dilma. Augusto, q'cê acha dá Dilma? E ele, sério: "Dilma é uma intelectual". Vocês contratavam o Augusto? Eu não. O Brasil é isto, diria uma Viridiana lusitana, um país de analfabetos simplórios que acham Dilma intelectual. Se a Dilma é uma intelectual eu sou o Fernando Pessoa. Mais o Camões.
Aqui chegámos. Convencidos de que o resto do mundo, e os brasileiros, se interessam por nós. Um político contrataria a estelar empresa do Augusto para fazer o rebranding da marca Portugal; eu tenho outra certeza. O Augusto está a ver se saca um contrato com Portugal. Tal como outros brasileiros antes dele, que andaram por aí a sacar o seu (isto é o belo português de telenovela) e nos deixaram quando a teta secou. E a dona Viridiana? Só o provincianismo português tolera que se repitam estas coisas e se levem a sério estes dislates. Na verdade, foi uma brasileira que escreveu uma carta ao "FT". Nem um português, um só, sentiu que devia escrever uma carta ao jornal sobre o texto estúpido que publicou. O rebranding começa aqui. A decência também.
Texto: Clara Ferreira Alves - Revista Única/PT
Fotografia: Enéas Bispo de Oliveira