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sexta-feira, janeiro 11, 2013

A Arte de Fumar

Fotografia de uma pequena escultura  do Mario Quintana que fica no hall dos elevadores da Casa de Cultura Mario  Quintana/Porto Alegre - Photo Enéas Bispo de Oliveira

"Arte de Fumar
Desconfia dos que não fumam:
esses não têm vida interior, não tem sentimentos.
O cigarro é uma maneira sutil, e disfarçada de suspirar".(Mario Quintana)

terça-feira, dezembro 25, 2012

Casa de Cultura Mario Quintana/Porto Alegre

Cartão postal de Porto Alegre, a Casa de Cultura Mario Quintana foi um  dia o famoso Hotel Majestic, local onde o poeta gaúcho morou de 1968 a 1980. Inaugurado em 1923, o charmoso prédio é hoje dedicado à cultura e à educação. Inaugurado dia 25 de Setembro de 1990, o centro cultural oferece salas de cinema, teatros, galerias de arte, bibliotecas, além de salas de ensaio e de oficinas.
A Casa de Cultura Mario Quintana, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, representa um dos centros culturais mais importantes do Brasil. O prédio possui 12 mil metros quadrados, distribuídos em sete pavimentos e duas alas, entre a Travessa dos Cataventos. A CCMQ recebe mensalmente mais de 4 mil visitantes.
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Mario Quintana nasceu em Alegrete(RS), dia 30 de Julho de 1906 e, com 20 anos, foi morar em Porto Alegre.
Publicou mais de 20 livros, sem contar as antologias. O primeiro, aos 34 anos, "A Rua dos Cataventos". O último, em 1990, "Velório sem Defunto". Com Sapato Florido, Pé de Pilão, Caderno H, Esconderijos do Tempo, Lili Inventa o Mundo, consagrou-se como poeta do cotidiano e lirismo, e um dos ícones da literatura brasileira.
Poeta, jornalista e tradutor, trabalhou nos jornais O Estado do Rio Grande e no Correio do Povo (com sua coluna Caderno H. Como tradutor, notabilizou-se com sua impecável tradução de Proust. Traduziu a literatura européia, como Giovani Papini, Virgínia Wolf, Voltaire, entre outros.
Morreu em 5 de Maio de 1994, aos 87 anos, imortalizado pela Casa de Cultura que leva seu nome e, principalmente, pelo Quarto do Poeta, uma reconstituição fiel com móveis e objetos pessoais do escritor.
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Casa de Cultura Mario Quintana
Rua dos Andradas,736 - Centro
Porto Alegre/RS
www.ccmq.com.br

sábado, abril 16, 2011

O Ato de Fumar!


"Vocês ainda não repararam que ninguém fuma sorrindo?" [Mario Quintana - Poeta Brasileiro]

Lionel Tiger em seu livro BUSCA DO PRAZER - A Evolução dos Sentidos na Espécie Humana, escreve o seguinte sobre o ato de fumar: "Um dos motivos pelos quais tanto se fuma, apesar das conseqüências para a saúde, é provavelmente o fato de o fumante ter a seu alcance uma espécie de lareira portátil - um lembrete de que somos capazes de controlar o fogo e uma evocação dos prazeres do lar. O próprio ritual de acender o cigarro já agradável por si, e o cheiro do tabaco é uma experiência reconfortantemente doméstica. Embora o odor do fumo queimado se torne crescentemente irritante a  medida que o cigarro se consome, as primeiras baforadas costumam dar uma sensação agradavelmente adocicada. Sabemos que o fumo de cachimbo, extraí­do de tipos aromáticos de tabaco, não raro com adição de fragrâncias, produz um cheiro para muitos agradável.O mesmo acontece com os charutos, para os apreciadores. Basta combinar esses prazeres sensuais a  vulnerabilidade do corpo humano ao ví­cio da nicotina, e temos toda uma vasta e dispendiosa indústria, supertaxada pelo poder público e infinitamente perigosa. E no entanto não deixa de ser curioso, e mesmo intrigante, que tão poucas pessoas se viciem na nicotina propriamente dita, sem a intermediação do ato de fumar."
Tenho a opinião da minha amiga Lia F7, que escreve:  "Analisar o ato de fumar é muito complicado. Fala uma ex-fumadora. E nessa condição, sinto que consigo avaliar os dois lados: os anti e os pro-tabagistas. A questão mais relevante é o que nos leva a começar a fumar. Normalmente é para nos sentirmos integrados num determinado grupo de amigos ou para encontrar um status que não existe. Depois de entrar no mundo fumegante há um misto de dependência revoltante e uma estranha paz de acompanhamento. Como se o cigarro fosse uma companhia e o fumador assim não estivesse só; está acompanhado e ativo. Faz algo e deixa de se sentir a mais em qualquer ambiente. Em momento de descontração é sim uma pausa e que se usa quase para meditar. Mas um dia acordamos para nós próprios e percebemos que esse amigo que incendiamos é na verdade o nosso maior inimigo e que não precisamos de nada mais para nos sentirmos bem do que a nossa força interior. Tudo tem um odor mais intenso para o ex-fumador e a auto-confiança fica igualmente mais estimulada. Nem falo da melhoria na saúde que isso é um dado que o mundo inteiro sabe. Após a proibição de fumar em locais públicos, as pausas para fumar transformaram-se em algo degradante. Há a sala ghetto do fumador ou em alternativa o mini grupo de consumidores de fumo em pé na rua à porta do local de trabalho. Deixou de ser a pausa relaxante e passou a ser o stress de ter de inalar a dose de nicotina."

Eu em particular não sou contra e nem a favor, desde que fumem distante de mim! Agora, falando artisticamente acho plasticamente bonita a cena de uma bela mulher fumando.

Fotografia: ENÉAS BISPO DE OLIVEIRA