Mostrando postagens com marcador Expressão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Expressão. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, dezembro 04, 2023

Cozinhar é resistir: como a culinária pode ser uma forma de expressão e transformação social


Por Enéas Bispo 

Cozinhar é mais do que uma atividade cotidiana ou uma necessidade básica. Cozinhar é também um ato político, uma forma de resistir, de se afirmar, de se comunicar, de se educar e de se emancipar. A culinária é uma linguagem que revela a identidade, a cultura, a história e a memória de um povo. Ao mesmo tempo, a culinária é uma ferramenta que pode ser usada para questionar, criticar, denunciar e transformar as estruturas de poder, as desigualdades, as injustiças e as opressões que marcam a sociedade.

Cozinhar é resistir quando se valoriza e se preserva a diversidade gastronômica, os saberes e os fazeres tradicionais, os ingredientes locais e sazonais, as receitas ancestrais e as práticas sustentáveis. Cozinhar é resistir quando se recusa a padronização, a homogeneização, a industrialização, a mercantilização e a alienação da alimentação. Cozinhar é resistir quando se combate o desperdício, a fome, a má nutrição, a exploração, a violência e a degradação ambiental que estão relacionados ao sistema alimentar dominante.

Cozinhar é resistir quando se cria e se compartilha pratos que expressam a identidade, a cultura, a história e a memória de um povo. Cozinhar é resistir quando se usa a culinária como uma forma de comunicação, de educação, de conscientização e de mobilização social. Cozinhar é resistir quando se promove o diálogo, o respeito, a solidariedade, a cooperação e a diversidade entre os diferentes povos, culturas e sabores. Cozinhar é resistir quando se busca a autonomia, a dignidade, a soberania e a justiça alimentar para todos e todas.

Cozinhar é, portanto, um ato político, que pode contribuir para a construção de uma sociedade mais democrática, mais plural, mais inclusiva e mais humana. Cozinhar é um ato de amor, de cuidado, de afeto e de esperança. Cozinhar é um ato de vida.

sexta-feira, novembro 03, 2023

Contracultura: um movimento de resistência e transformação social


Por Enéas Bispo

A contracultura foi um fenômeno cultural que surgiu na década de 1960, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, e que se caracterizou pela contestação dos valores e padrões dominantes da sociedade. A contracultura englobou diversos movimentos sociais, políticos, artísticos e comportamentais, que buscavam novas formas de expressão, liberdade, participação e criatividade.

A contracultura se manifestou de diversas maneiras, como por exemplo: o movimento hippie, que pregava o amor livre, a paz, a ecologia e o uso de drogas psicodélicas; o movimento feminista, que reivindicava a igualdade de direitos e oportunidades para as mulheres; o movimento negro, que lutava contra o racismo e a discriminação; o movimento estudantil, que protestava contra a guerra do Vietnã, a repressão e a alienação; o movimento gay, que defendia a diversidade sexual e a identidade de gênero; o movimento punk, que criticava o consumismo, o autoritarismo e a conformidade; entre outros.

A contracultura também influenciou a produção artística e cultural da época, gerando obras inovadoras e contestadoras nas áreas da música, do cinema, da literatura, das artes plásticas, do teatro, da dança e da moda. Alguns exemplos de artistas e obras contraculturais são: os Beatles, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Pink Floyd, Woodstock, Easy Rider, A Clockwork Orange, One Flew Over the Cuckoo’s Nest, On the Road, The Catcher in the Rye, Andy Warhol, Salvador Dali, Hair, The Rocky Horror Picture Show entre outros.

A contracultura foi um movimento de resistência e transformação social, que questionou e desafiou os paradigmas vigentes, e que deixou um legado de valores, ideias, atitudes e expressões que ainda hoje influenciam a sociedade. A contracultura foi, acima de tudo, uma forma de afirmar a diversidade, a criatividade e a liberdade humana.