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quarta-feira, outubro 02, 2024

Irã Adverte EUA a Não se Envolverem em Conflito com Israel


Por Enéas Bispo*

Teerã, 2 de outubro de 2024 - O governo iraniano emitiu um alerta aos Estados Unidos, pedindo que não se envolvam no recente conflito entre Irã e Israel. A advertência veio após uma série de ataques com drones e mísseis balísticos lançados pelo Irã contra alvos israelenses, em retaliação à morte de líderes de grupos armados alinhados a Teerã.

O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que qualquer intervenção americana poderia agravar ainda mais a situação. "Este é um assunto que deve ser resolvido entre Irã e Israel. A interferência dos EUA só complicará as coisas", disse Araghchi em uma coletiva de imprensa.

Enquanto isso, o governo americano declarou que está em contato com Israel para coordenar uma resposta adequada aos ataques iranianos. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, enfatizou que os Estados Unidos estão prontos para apoiar Israel, mas não especificou que tipo de apoio seria oferecido.

A comunidade internacional está acompanhando de perto os desdobramentos, com a ONU convocando uma reunião de emergência para discutir a escalada das tensões na região.

Fontes: UOL, CNN Brasil, Info Money

segunda-feira, setembro 23, 2024

Israel Intensifica Ataques e Deixa o Líbano em Ruínas


Por Enéas Bispo

Beirute, 23 de setembro de 2024 - O Líbano enfrenta uma nova onda de destruição após os intensos ataques aéreos realizados por Israel nesta segunda-feira. O bombardeio, que teve como alvo mais de 300 posições do grupo extremista Hezbollah, deixou um rastro de escombros e desespero no sul do país.

Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, pelo menos 100 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas. As Forças de Defesa de Israel (FDI) alertaram os civis para evacuarem as áreas onde o Hezbollah opera, afirmando que os ataques seriam "precisos e extensos".

Os moradores relataram ter recebido ligações de alerta antes do início dos bombardeios, mas muitos não conseguiram deixar suas casas a tempo. "Foi um caos total. As explosões começaram e não tivemos tempo de fugir", disse um residente de Kfar Rouman, uma das vilas mais atingidas.

O conflito entre Israel e Hezbollah, que já dura quase um ano, atingiu um novo pico de violência. O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, afirmou que o objetivo é neutralizar as capacidades militares do Hezbollah, que tem usado vilas libanesas para armazenar armas e lançar ataques contra Israel.

A comunidade internacional tem expressado preocupação com a escalada do conflito. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo imediato e alertou para o risco de uma catástrofe humanitária no Líbano.

Enquanto isso, os libaneses tentam lidar com a devastação. "Nossa casa foi destruída. Não sabemos para onde ir", lamentou uma moradora de Beirute, que preferiu não se identificar.

A situação no Líbano continua a se deteriorar, com a população civil pagando o preço mais alto deste conflito incessante.

Fontes: Exame, BBC, CNN

sábado, outubro 07, 2023

Israel já está em guerra


Por Enéas Bispo 

O céu está escuro,

O ar está pesado,

O som dos tiros

É o único som.


As pessoas correm

Procurando abrigo

A morte está perto

O medo é gigante.


Israel já está em guerra

Mais uma vez

O sangue derramado

Mais uma vez.


Não há vencedores

Só perdedores

A injustiça é real

E a paz é um sonho.



Hamas lança ataque surpresa contra Israel e provoca nova guerra no Oriente Médio


Por Enéas Bispo

Um ataque maciço de foguetes do grupo palestino Hamas contra Israel na manhã deste sábado (7) desencadeou uma nova onda de violência na região, que já deixou ao menos 49 mortos e centenas de feridos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou estado de guerra e ordenou ataques aéreos contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza. O líder do braço armado do Hamas, Muhammad Al-Deif, convocou um levante geral contra Israel e afirmou que o ataque foi uma resposta aos ataques às mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco de Gaza.


O Oriente Médio é uma região que abrange parte da Ásia, da África e da Europa, e que tem como principais características a diversidade cultural, religiosa e étnica, além de conflitos históricos e geopolíticos. A região é considerada o berço das três grandes religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. A disputa pela terra sagrada de Jerusalém é um dos principais focos de tensão entre judeus e muçulmanos.


A região também possui uma grande importância econômica, pois concentra as maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo. A exploração desses recursos tem gerado riqueza para alguns países, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, mas também tem provocado disputas territoriais, intervenções estrangeiras e instabilidade política. Alguns dos principais conflitos que afetam o Oriente Médio atualmente são: a guerra civil na Síria, a crise humanitária no Iêmen, a rivalidade entre Irã e Arábia Saudita, o programa nuclear iraniano, a questão curda, o terrorismo do Estado Islâmico e a questão palestina.


O conflito entre Israel e Palestina é um dos mais antigos e complexos da região. Ele tem origem na reivindicação de ambos os povos pelo mesmo território, que foi ocupado por diferentes impérios ao longo da história. Após a Segunda Guerra Mundial, a ONU propôs a partilha da Palestina em dois Estados: um judeu e um árabe. Os judeus aceitaram a proposta e declararam a independência de Israel em 1948, mas os árabes rejeitaram e iniciaram uma guerra contra o novo país. Desde então, vários conflitos armados, negociações diplomáticas e tentativas de paz foram realizados, mas sem uma solução definitiva. Atualmente, Israel controla a maior parte do território histórico da Palestina, incluindo Jerusalém Oriental, enquanto os palestinos possuem apenas duas áreas autônomas: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.


O Hamas é um movimento islâmico que surgiu na década de 1980 como uma ramificação da Irmandade Muçulmana. Ele se opõe à existência de Israel e defende a criação de um Estado palestino islâmico em toda a Palestina histórica. O Hamas também presta assistência social e educacional aos palestinos mais pobres. O grupo é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, mas tem apoio de países como Irã, Turquia e Catar. O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, após expulsar o Fatah, o partido laico e moderado que lidera a Autoridade Nacional Palestina (ANP). Desde então, o Hamas tem lançado periodicamente foguetes contra Israel, que responde com bloqueios econômicos e militares à Gaza.


O ataque do Hamas deste sábado foi o mais intenso desde 2014, quando ocorreu a última guerra entre Israel e Gaza. O ataque surpreendeu as autoridades israelenses, que não esperavam uma escalada tão rápida da violência. O ataque também coincidiu com um momento de instabilidade política em Israel, que vive uma crise governamental após quatro eleições inconclusivas em dois anos. Além disso, o ataque ocorreu em meio a uma onda de protestos dos palestinos em Jerusalém contra as restrições impostas por Israel ao acesso à mesquita de al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do islamismo. A mesquita fica no Monte do Templo, que também é reverenciado pelos judeus como o local do antigo templo de Salomão.


A situação no Oriente Médio é extremamente delicada e requer uma ação urgente da comunidade internacional para evitar uma nova guerra e uma maior perda de vidas humanas. É preciso que haja um diálogo entre as partes envolvidas, com o respeito aos direitos humanos, à soberania nacional e à autodeterminação dos povos. É preciso que haja uma solução justa e duradoura para o conflito entre Israel e Palestina, baseada na coexistência pacífica de dois Estados livres, democráticos e seguros. É preciso que haja uma cooperação regional para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Oriente Médio, com a promoção da paz, da tolerância e da integração.