Mas Adelaide, com sua serenidade característica, não se deixou afetar. Ela caminhou pelas ruas, observando as pessoas correndo para compensar os minutos perdidos ou pausando confusas quando os segundos se esticavam como horas.
Com um sorriso tranquilo, Adelaide sentou-se em um banco de praça e retirou de sua bolsa um antigo relógio de bolso, que pertencera ao seu bisavô. Ela sabia que o verdadeiro tempo não estava nos ponteiros que giravam, mas no pulsar constante da vida ao seu redor.
Enquanto o sol se punha, Adelaide abriu o relógio e, com um movimento delicado, ajustou sua maquinaria. Como por magia, os relógios da cidade sincronizaram-se novamente, e o tempo retomou seu curso natural.
Os cidadãos, aliviados, nunca souberam que foi Adelaide quem restabeleceu a ordem. Ela apenas continuou sua caminhada, contente por ter compartilhado um momento tão singular com o universo. E assim, a lenda de Adelaide, a mulher que sussurrava ao tempo, continuou a crescer.
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