Na estrada, ela dança com o vento,
Sapatos de terra, alma de céu.
Seus olhos refletem o sol ardente,
Ela é a própria canção do asfalto.
Cabelos soltos como rios selvagens,
Ela desbrava horizontes sem medo.
Nas curvas sinuosas, risos e saudades,
Uma brasileira na estrada, livre e segura.
Seus passos ecoam histórias ancestrais,
De índios, negros, colonizadores.
Ela é a mistura, a miscigenação viva,
A saudade que se transforma em poesia.
Nas paradas, ela prova sabores diversos,
Café forte, pão de queijo, acarajé.
Ela é a fome de conhecer o mundo,
A sede de viver cada quilômetro.
Uma brasileira na estrada, sem fronteiras,
Com a bossa nova no coração.
Ela é o samba, o forró, o baião,
A trilha sonora desse eterno caminhar.
E quando a noite cai, ela olha as estrelas,
Sente-se pequena diante do infinito.
Mas sua alma é grande como o Brasil,
Uma constelação de sonhos e esperança.
Na estrada, ela se encontra e se perde,
Uma brasileira na busca do seu destino.
E no asfalto quente, sob o céu estrelado,
Ela segue, sempre, como um verso inacabado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário