Funcionamos como aranhas
Os leitores são como aranhas.
O exemplo da aranha, roubei-o de uma resposta do Quora em inglês que há uns dias tive o prazer de ler, mas que incidia sobre outro tema.
Porque a analogia é perfeita para o reino da leitura e dos leitores, aproveitei-a.
A premissa é muito simples.
A aranha comum é um animal muito inteligente. Não acumula coisas, acumula valor.
Como?
Repara.
Todos os dias as aranhas tecem uma nova parte da sua teia.
Uma armação de fios de seda incrivelmente finos, feita de uma substância proteica que sai das glândulas destes bichos incríveis (à vezes morro de medo delas, mas bem, não deixam de ser incríveis).
São as teias, objetos tão sensíveis e tão poderosos, que têm de ser construídos, passo a passo, todos os dias, só mais um bocadinho. Das aranhas, a natureza exige-lhes essa paciência. Que sejam capazes de agregar uma porção de valor, todos os dias.
Agregar valor – o que quero dizer com isso?
As aranhas não despendem energia atrás das presas. Elas criam a armadilha ideal que atrairá os exatos bichos de que elas necessitam para se alimentarem.
Porque a condição da aranha é frágil, elas têm a capacidade de construir, num só local, por sinal aquele onde moram, a arma que lhes dará alimento.
Elas agregam valor a si mesmas, diariamente, sempre que trabalham mais um bocadinho na sua teia.
Elas tornam-se mais poderosas.
A riqueza vem ter com elas. Não vão elas atrás da riqueza.
O mesmo se passa com os leitores.
Todos os dias, leem uma linha. Uma página. Uma folha. Duas folhas. Um capítulo.
Ao final de uma semana, um livro.
Ao final de um mês, 4 livros.
Ao final de um ano, 48 livros.
Ao final de uma vida, um valor inestimável.
Todos os dias, as pessoas que abrem um livro e se aventuram no ato de ler o outro (porque ler o que o outro escreveu, é lê-lo também), agregam valor a si mesmas.
Na atualidade, não se procuram pessoas com títulos, licenciaturas, mestrados, doutoramentos, tão só.
Procuram-se pessoas com valor. Leitores agregam valor todos os dias.
Os leitores são das pessoas mais ricas que o mundo conhece. Ricas, não em dinheiro, mas em valor.
Os atuais e futuros empregadores têm fome desse valor. Anseiam-no. Desejam-no. Dependem dele e dessas pessoas com um valor inestimável.
Tal como as aranhas, os leitores não vão atrás das presas. Agregam o valor que trará as presas de encontro a eles.
Não te esqueças de ler. Agrega, hoje, o valor que será duplicado amanhã.
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