De acordo com um estudo publicado na revista Pediatrics, o número de lesões relacionadas ao uso do pula-pula aumentou significativamente nos últimos anos, chegando a mais de 100 mil casos por ano nos Estados Unidos. As lesões mais comuns são fraturas, entorses, contusões, cortes e concussões, que podem afetar diversas partes do corpo, como cabeça, pescoço, braços, pernas e coluna.
Os fatores que contribuem para o aumento do risco de lesões no pula-pula são vários, entre eles:
● O uso inadequado do brinquedo, como pular sem supervisão de um adulto, pular com objetos nas mãos ou na boca, pular com roupas ou calçados inadequados, pular com mais de uma pessoa ao mesmo tempo ou fazer manobras arriscadas como saltos mortais ou piruetas.
● A falta de manutenção do brinquedo, como verificar se há rasgos ou furos na superfície elástica, se há peças soltas ou enferrujadas na estrutura metálica, se há objetos pontiagudos ou cortantes no chão ou no entorno do brinquedo ou se há condições climáticas adversas como vento forte ou chuva.
● A predisposição individual de cada criança, como ter alguma doença pré-existente que afete os ossos, as articulações ou os músculos, ter algum problema de equilíbrio ou coordenação motora ou ter algum histórico de lesões anteriores.
Diante desses riscos, os pais e responsáveis devem estar atentos e tomar algumas medidas preventivas para garantir a diversão das crianças sem comprometer a sua saúde e a sua segurança. Algumas dessas medidas são:
■ Escolher um local adequado para instalar o brinquedo, preferencialmente em uma superfície plana, macia e limpa, longe de árvores, postes, fios elétricos ou outros obstáculos que possam causar acidentes.
■ Seguir as instruções do fabricante quanto à montagem, ao uso e à desmontagem do brinquedo, respeitando os limites de peso e de idade recomendados.
■ Supervisionar as crianças durante todo o tempo em que elas estiverem brincando no pula-pula, orientando-as sobre as regras de segurança e intervindo em caso de comportamento inadequado ou perigoso.
■ Providenciar equipamentos de proteção individual para as crianças, como capacetes, joelheiras, cotoveleiras e tornozeleiras, que podem reduzir o impacto das quedas e evitar lesões mais graves.
■ Levar as crianças ao médico imediatamente em caso de suspeita de lesão no pula-pula, mesmo que seja aparentemente leve ou sem sintomas evidentes.
O pula-pula pode ser uma fonte de diversão e de exercício físico para as crianças, mas também pode representar um risco para a sua saúde e a sua segurança. Por isso, é importante que os pais e responsáveis estejam conscientes dos perigos envolvidos e tomem as precauções necessárias para evitar acidentes e lesões.