
Julie e Julia com Meryl Streep e dirigido e escrito por Nora Ephron, nos passa uma mensagem muito bela, a de que é preciso buscar a criança que existe em cada um de nós na hora de cozinhar. Cozinhar é coisa séria, mas deve ser encarado como algo que é fonte de alegria ou seja:comer.Metade das cenas da pelicula gira em torno da personalidade criança da personagem de Meryl ou no sotaque de criança e na sua quase sempre exclamação: BONJOUR!
A outra parte do filme é ocupada por uma blogueira de Nova Iorque chamada Julie Powell interpretado otimamente por Amy Adams. Ela também age como uma criança, por vezes, para grande desgosto do seu marido, Eric Powel(Chris Messina), que tem profundas, mas não infinita paciencia para as buscas culinárias de sua esposa.
O filme são traços paralelos de duas vidas e uma só identidade. De uma que se encontra definhando em Paris até que decide tomar aulas de culinária no Le Cordon Bleu. Outra que está desencantada com seus 90 metros quadrados de apartamento e decepcionada com a vida profissional. Então se lança numa aventura: cozinhar todas as 524 receitas de Julia Child “Dominando a Arte da Cozinha Francesa” em um ano. E conta suas experiências num blog.
O filme é em torno de alimentos o alimento que permite significado e finalidade, independentemente de seus níveis de habilidades. O alimento que substitui o tédio com o sabor, o alimento que pode preencher os pontos em sua vida que por vezes pode permanecer vazia e insatisfeita.
Este não é um filme para quem esteja em dieta, ou para aqueles que não tenha comido uma refeição completa antes –sim, vá prevenido, o filme é bem longo- ou mesmo para aqueles que não vêem o alimento como algo próximo de uma panaceia que nos aflige. Estas duas personagens do filme nos mostra ao contrário, que o alimento quando é bem servido se torna em chave para uma vida melhor.
