Por Nina Ratini
As raízes sangram minhas verdades e disfarces, entre as trilhas dos meus poros carregados de desejos.
Sou como uma rara pedra preciosa quebrada, sugando meu leite precioso, caloroso, desfrute do prazer.
Meu corpo combina com meu jeito, entre a doçura e as façanhas do meu gosto em ser mulher.
Às vezes me sinto completa, mais sei que ainda por minha trajetória terei muito a completar.
Como uma bateria me encontro no som das batucadas ou como a flauta, necessito do fôlego do sopro humano, sei que sempre vou necessitar viver mais e mais.
Como um alimento suave, onde o paladar carrega sonhos, o diferente me encanta, me fascina, ilumina minha visão para o mundo, e para mim mesma.
Sou diferente por me expor em silêncio, por carregar a minha vida de imaginação, por criar meu cenário de sofisticação do meu eu interior.
Vivo o que muitos gostariam de viver e não tem coragem de o fazer.
Sou ousada, sou discreta.
Não preciso de qualificações daquilo que a sociedade hipócrita dita como bom comportamento.
Comporto-me como me dar prazer, isso basta, sou eu que pinto a tela da minha vida, quase sempre com cores vibrantes.
O mundo transforma as pessoas mais eu preferi transformar o meu mundo, a minha vida, da forma que eu decido, não necessito das decisões externas, sou eu que traço o caminho para onde quero ir e chegar.
Minha beleza exterior fascina e me amedronta ao mesmo tempo, porque nos meus olhos de anjo se esconde um vulcão em constante erupção.
Na alma de menina habita uma mulher pronta, madura, aventureira.
No meu coração mora a liberdade que mostra o que eu sou.
