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segunda-feira, novembro 11, 2024

A Magia da Vitória

     
    

Por Enéas Bispo 

Ontem, o Flamengo conquistou mais um título, e a nação rubro-negra explodiu em alegria. Mas, além da vitória em campo, o que realmente acontece na cabeça do torcedor? Hoje, conversando com Thiago um torcedor do Flamengo aqui de Monteiro, Paraíba, ele me disse: "É uma felicidade tremenda, o coração entra em festa. A segunda-feira se torna suave. A casa fica harmoniosa. Quando o Flamengo ganha, o universo encontra o seu destino."

Essa declaração resume perfeitamente o sentimento que toma conta dos flamenguistas. A vitória do Flamengo não é apenas um resultado esportivo; é um evento que transforma o cotidiano dos torcedores. A euforia começa no apito final e se estende por dias, semanas, às vezes até meses. 

A Festa no Coração

Para o torcedor, a vitória do Flamengo é como um combustível para a alma. O coração bate mais forte, a adrenalina corre solta, e cada gol é comemorado como se fosse o primeiro. A paixão pelo time transcende o campo e invade a vida pessoal. A segunda-feira, que normalmente é um dia pesado, se torna leve e cheia de sorrisos. 

Harmonia no Lar

A vitória também traz uma sensação de paz e harmonia para o lar. As discussões são deixadas de lado, e o clima é de celebração. A casa se enche de risos, conversas animadas e, claro, muitas histórias sobre o jogo. É como se a vitória do Flamengo tivesse o poder de alinhar os planetas e trazer um pouco de ordem ao caos do dia a dia.

O Universo em Sintonia

Quando o Flamengo ganha, parece que o universo conspira a favor dos torcedores. Tudo flui melhor, os problemas parecem menores e a vida ganha um novo brilho. É uma sensação de que tudo está no lugar certo, de que o destino foi cumprido. Essa conexão emocional com o time é o que faz do futebol uma paixão tão avassaladora.

Em Monteiro, Paraíba, e em todo o Brasil, a vitória do Flamengo é mais do que um simples jogo. É um evento que une pessoas, gera felicidade e transforma vidas. E enquanto houver futebol, haverá essa paixão inigualável que só quem é torcedor entende.


sexta-feira, janeiro 19, 2024

A alegria de ser pessoa na multidão


Por Enéas Bispo

Laura me perguntava cheia de risos, há algo mais fascinante do que ser pessoa na multidão? Ela adorava se misturar aos desconhecidos, observar as expressões, os gestos, as roupas, as histórias que cada um carregava. Ela dizia que se sentia livre, que podia ser quem quisesse, que ninguém a julgaria ou cobraria nada dela. Ela gostava de inventar nomes e vidas para as pessoas que cruzavam o seu caminho, de imaginar o que elas pensavam, sentiam, sonhavam.

Eu, por outro lado, tinha medo da multidão. Me sentia sufocado, ansioso, inseguro. Não gostava de me expor, de me sentir observado, de me comparar com os outros. Preferia ficar em casa, lendo um livro, ouvindo uma música, conversando com os amigos mais próximos. Eu dizia que a multidão era uma ilusão, que nela não havia verdadeira conexão, que era melhor buscar a qualidade do que a quantidade.

Laura e eu éramos opostos, mas nos amávamos. Ela me tirava da minha zona de conforto, me levava para passear, me mostrava o lado bom da vida. Eu a acalmava, a abraçava, a ouvia com atenção. Ela me ensinou a ver beleza na diversidade, a apreciar as pequenas surpresas, a rir de mim mesmo. Eu a ensinei a valorizar a intimidade, a cultivar a confiança, a se expressar com sinceridade.

Um dia, Laura me convidou para ir ao carnaval. Ela estava animada, queria se divertir, dançar, pular, beijar. Eu estava receoso, queria evitar, fugir, me esconder. Mas eu aceitei, por amor a ela, por vontade de experimentar, por curiosidade de saber como era. Ela me levou pela mão, me guiou pela multidão, me apresentou aos seus amigos, me deu um beijo. Eu me deixei levar, me soltei na multidão, me enturmei com os desconhecidos, me diverti.

Foi então que eu entendi o que Laura me perguntava. Há algo mais fascinante do que ser pessoa na multidão? Sim, há. É ser pessoa na multidão com ela.