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segunda-feira, outubro 29, 2012

Anna Nicole Smith - Ópera Triste!

Hoje em dia, arte, vida, ficção e realidade são sinônimos e confundem-se. O fenômeno foi anunciado há quase um século com o advento da mecânica quântica. A luz pode ser uma onda e um feixe de partículas (os fotões). À escala molecular, o conhecimento da posição das partículas depende do desconhecimento da respectiva velocidade. Nos docudramas e nos reality shows, é difícil  perceber onde acaba a ficção e começa a vida a sério. E será vida ou performance art? Certo, certo é um artista - escritor, pintor ou compositor - poder pegar nisso tudo e construir uma obra de arte.Norman  Mailer, o inventor dos 'factoides' (factos que só existem depois de aparecerem nos média), fê-lo com "Marilyn" (a que chamou "a novel biography"). O compositor  inglês Mark-Anthony Turnage fez ainda mais quente com "Anna Nicole", ópera na emblemática Royal Opera Hause, de Londres, em Fevereiro de 2011. Quente! Fervente! Anna Nicole Smith, morreu em 2007.

"Anna queria ser a Marilyn Monroe, usava o mesmo penteado encaracolados, batons de cores quentes, e poses provocantes. Mas a sua voluptuosidade descomunal mais uma Jayne Mansfield, grotesca."

Anna Nicole Smith devia o seu destino à anatomia. A Revista The Economist escreveria mais tarde, com bastaste verve: "Aquilo que víamos em primeiro lugar, quando conhecíamos a menina Smith, eram Os Seios. Eram só dois, mas compunham toda uma fachada: enormes, chamativos, pneumáticos. Extravasavam dos vestidos justos vermelhos - de preferência vermelhos -, ou provocavam, metidos entre plumas, ou sustentavam um decote estonteante que mergulhava em profundezas convidativas. Eram Seios Americanos, seios famosos, que o silicone tornava tão vastos e abundantes como as pradarias. Com eles, mulher de lado nenhum - Huston, Texas - podia fazer tudo. O corpo por trás deles aumentava e diminuía, às vezes possante como o de um estivador e às vezes quase frágil, fazendo jus àquela vozinha de moça; mas Os Seios permaneciam iguais.
"Tudo o que tenho, devo aos meus seios" - Admitia Anna Nicole Smit.

BIOGRAFIA

Vickie Lynn Hogan, que depois se chamou Vikki Hart, Vickie Smith e Anna Nicole Smith, nasceu em 1967, no Texas. Os pais divorciaram-se, e ela viveu os primeiros anos com a mãe e uma tia. Frequentou o Mexia High School, mas desistiu ou foi expulsa, há várias versões. Trabalha como empregada de mesa num restaurante de meia-tigela e, ainda adolescente, casa com um colega, um ano mais novo que ela. Tiveram um filho, Daniel, e separam-se a seguir. Para singrar na vida, a moça de seios pequenos decide mudar de corpo. Uns implantes ajudam a que seja aceite como dançarina de topless num bar de Houston. Um dos homens que regressam noite após noite para ver é um empresário do petróleo chamado J.Howard Marshall. Entretanto, os editores da Revista Playboy reparam numas fotos que ela lhes tinha enviado e escolheram-na como a moça da capa em Março de 1992 e como playmate do ano. Anna já é célebre, falta ainda ser rica. Meu dito, meu feito: em 1994 casa com o magnata Marshall. Ele tem 89 anos, ela 26.
O fim de Anna foi insólito, morreu no dia 8 de Fevereiro de 2007, num hotel de quinta.
ÓPERA TRISTE


Texto: Pedro Mexia e Jorge Calado