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quinta-feira, junho 19, 2025

Um Futuro sem Guerras


Por Enéas Bispo 

Jamais alcançaremos a paz mundial enquanto a guerra for um negócio de estado.

Esta frase suscita uma reflexão profunda sobre a relação entre a guerra e a estrutura dos estados contemporâneos. Ao longo da história, os conflitos armados têm sido, frequentemente, impulsionados por interesses políticos, econômicos ou territoriais, que se misturam aos mecanismos de poder estatal. Essa realidade nos leva a questionar: é possível alcançar a paz mundial em um sistema onde a guerra é lucrativa e, muitas vezes, um instrumento de política?

O Estado e o Negócio da Guerra

O conceito de guerra como negócio não se restringe apenas ao lucro direto obtido pela indústria bélica, mas também aos benefícios indiretos que muitos governos e setores econômicos obtêm com os conflitos. Empresas que fabricam armas, veículos e equipamentos militares movimentam bilhões anualmente, e seus interesses frequentemente se alinham às decisões políticas de líderes estatais.

Além disso, a guerra serve como uma forma de reafirmar poder e influência geopolítica. Para alguns estados, envolver-se em conflitos ou financiá-los externamente é uma maneira de garantir sua posição hegemônica no cenário internacional.

O Impacto Humano e Social

Enquanto o negócio da guerra enriquece poucos, ele devasta muitos. Milhões de vidas são perdidas, famílias são separadas, comunidades destruídas e recursos naturais explorados. A guerra perpetua ciclos de pobreza e instabilidade, dificultando o desenvolvimento sustentável e corroendo os alicerces da paz.

Além disso, a guerra alimenta narrativas de ódio e divisionismo. Ao transformar inimigos em "mercadorias" e sofrimento em "custo aceitável", o sistema desumaniza aqueles que vivem nos campos de batalha.

O Caminho para a Paz

Para romper com esse ciclo, seria necessário transformar radicalmente as estruturas que sustentam o negócio da guerra. Entre as mudanças possíveis, destacam-se:

1. Transparência e regulação: Uma maior transparência nas transações relacionadas à indústria bélica e uma regulação internacional mais rígida são passos fundamentais.

2. Investimento em desenvolvimento humano: Redirecionar recursos militares para educação, saúde, infraestrutura e iniciativas de paz pode reduzir as condições que geram conflitos.

3. Ação coletiva global: A criação e o fortalecimento de instituições internacionais comprometidas com a prevenção de guerras e a resolução pacífica de disputas são essenciais.

Mundo Pacífico 

A frase: Jamais alcançaremos a paz mundial enquanto a guerra for um negócio de estado, não é apenas uma crítica ao status quo, mas também um convite à ação. A paz mundial exige mais do que boas intenções; ela requer uma desconstrução das dinâmicas que tornam a guerra um negócio lucrativo. Somente quando o lucro cessar de ser um motor para o conflito, poderemos dar passos reais em direção a um mundo mais justo e pacífico.

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