Ostentação perdeu espaço: Entenda por que a nova elite evita mostrar que tem dinheiro

Por Enéas Bispo

Nas últimas décadas, ostentar riqueza era quase uma obrigação para quem tinha dinheiro. Carros de luxo, mansões extravagantes, roupas de grife e viagens internacionais eram exibidos sem pudor, quase como um passaporte para o status social. Mas algo mudou. Hoje, os verdadeiramente ricos evitam exibir sua fortuna, enquanto a ostentação passou a ser associada a quem quer parecer ter dinheiro, e não necessariamente a quem tem de fato.  

Menos ostentação, mais discrição

Há um novo código de conduta entre a elite financeira mundial: a verdadeira riqueza se esconde. Isso não significa que os bilionários deixaram de gastar ou aproveitar a vida, mas sim que exibem menos e preferem uma abordagem mais discreta. Moram em casas sem exageros visíveis, dirigem carros menos chamativos e evitam marcas com logotipos grandes. Em vez de postar viagens luxuosas, muitos fazem turismo de maneira mais reservada.  

O paradoxo da ostentação  

Curiosamente, quem mais exibe riqueza nas redes sociais são pessoas que não fazem parte da elite financeira. São aqueles que conquistaram um certo nível de sucesso e querem mostrar que ascenderam. Querem validar sua posição social, e para isso usam os símbolos clássicos do luxo: relógios caros, carros importados, roupas de grife. O problema? Muitas dessas ostentações são financiadas por dívidas ou são uma versão superficial do verdadeiro luxo.  

A nova mentalidade dos super-ricos

O conceito de exclusividade mudou. Hoje, os bilionários buscam experiências privadas, produtos personalizados e ambientes onde possam desfrutar sem chamar atenção. Em vez de gastar milhões em um carro chamativo, preferem investir em obras de arte, tecnologias avançadas ou até mesmo filantropia. Além disso, há uma preocupação crescente com segurança e privacidade, já que exibir riquezas pode atrair olhares indesejados.  

O mundo da ostentação mudou. Quem quer parecer rico faz questão de mostrar. Quem realmente é, prefere o silêncio. Afinal, como diz um velho ditado: "Dinheiro de verdade não faz barulho".