Equilíbrio no Amanhecer

Por Enéas Bispo 

O sol nasce, e com ele, a promessa de um dia repleto de possibilidades. Na alvorada, o bom senso sussurra: "Planeje, organize, siga a rota conhecida." Mas a insensatez, travessa como uma brisa matinal, provoca: "E se desviássemos? E se dançássemos fora do compasso?"

Assim, o dia se desenrola, oscilando entre momentos sensatos e impulsos inesperados. No café da manhã, escolhemos a salada de frutas nutritiva, mas também cedemos à tentação do croissant recheado. No trabalho, seguimos a agenda meticulosamente, mas nos permitimos uma pausa para rir com os colegas.

À tarde, o sol inclemente nos convida a mergulhar no mar. O bom senso hesita, lembrando-nos dos prazos e responsabilidades. Mas a insensatez ri, empurrando-nos para as ondas. Sentimos a água salgada, o sol na pele e a liberdade de sermos mais do que deveres e obrigações.

Ao entardecer, contemplamos o céu cor de laranja. O bom senso pondera sobre o amanhã, enquanto a insensatez nos faz desejar estrelas cadentes e pedidos secretos. E assim, nessa dança delicada, o dia se completa.

Que o próximo amanhecer também seja uma mistura de bom senso e insensatez, pois é nessa dualidade que encontramos a verdadeira essência da vida.