Um dia, viu algo brilhante e colorido na areia da praia. Era uma xícara de porcelana, com desenhos de flores e borboletas. A gaivota ficou curiosa e desceu para ver de perto. Achou a xícara muito bonita e delicada, e resolveu levá-la para o seu ninho no farol.
Pegou a xícara com o bico e voou de volta para o alto. Colocou a xícara com cuidado no seu ninho, e admirou a sua nova aquisição. Pensou que a xícara era um tesouro, e que era a gaivota mais sortuda do mundo.
No dia seguinte, teve uma ideia. Queria encher a xícara com água do oceano, para ter um pedaço do mar sempre em seu poder. Voou até o oceano, mergulhou o bico na água e voltou para o farol. Despejou a água na xícara, e repetiu o processo várias vezes, até que a xícara ficou cheia.
Ficou encantada com o resultado. Viu o reflexo do sol na água, e sentiu o cheiro do sal. Imaginou que a xícara era um pequeno oceano, e que podia nadar nele. Ela se aproximou da xícara, e tentou entrar nela.
Mas a xícara era muito pequena, e a gaivota era muito grande. Não conseguiu entrar na xícara, e acabou derrubando-a do ninho. A xícara caiu do alto do farol, e se espatifou na rocha. A água se espalhou pela areia, e se misturou com o oceano.
A gaivota ficou triste e arrependida. Percebeu que tinha perdido a sua xícara, e que tinha sido tola em querer ter um oceano só para si. Entendeu que o oceano era muito maior e mais belo do que a xícara, e que ela já tinha tudo o que precisava para ser feliz.
Ela aprendeu a lição, e nunca mais quis ter coisas que não eram suas. Voltou a voar pelo céu azul, sentir o vento em suas penas e mergulhar nas águas salgadas para pescar peixes. Ela era feliz e livre.
Fim.
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