![]() |
Foto: Enéas Bispo de Oliveira |
Esta breve introdução é para falar do atendimento da Nespresso, Parque das Nações/Lisboa. As atendentes são tão frias e formais que quase percebi um vidro opaco/blindado separando-me da figura a minha frente.
_ Boa tarde senhor, no que que posso ajudá-lo?
_ A mim em nada, não parti uma perna portanto não precisa ligar para o INEM (serviço de emergência médico português), nem ligue para a polícia pois também não fui assaltado, também não quero informações de localização de uma rua, não, obrigado, o meu telemóvel veio equipado com GPS. Não preciso da sua ajuda, sou cliente e quero comprar café.
Respondi assim? Não, não, sou um senhor educado e não trato mal uma jovem de tão boa aparência, aliás, não trato mal nenhuma pessoa, mas diante do atendimento estúpido, tolerância ZERO.
_ Por favor senhor, o seu número de cliente.
_ Não tenho!
_ Não?
_ Não!
_ O café é para o senhor?
_ Claro que não, senhora! Estou aqui fazendo um favor para a minha vizinha do 43 que sempre me convida para aprêciar (nos finais de tarde) um Ristretto bem tirado, sabe!?
Respondi assim? Claro que não, não podia e nem sou indelicado com moças bonitas, aliás, como já mencionei, não sou indelicado com nenhuma pessoa.
_ Aceita beber um café senhor?
_ Sim, sim, por favor!
_ Qual vai querer?
_ Hummm, um Dulsão do Brasil, cheio, por favor!
Ela tira o café, me entrega e se ausenta da cena, vou verificar a embalagem de onde ela retirou a cápsula e lá está escrito: LIVANTO.
Já na rua me ponho a pensar e chego a conclusão que ela está certa, para quê se preocupar com o gosto de um cliente que só compra 3 caixinhas de cápsulas e não tem número de cliente? Além do mais, não importa a escolha, o sabor é o mesmo... Peraí, claro que não é o mesmo, não é bem assim, ela tinha e tem a obrigação de respeitar o meu gosto e pedido.
Cheguei a uma outra conclusão, de que ela são pobres almas treinadas para nos tratar desse jeitinho mesmo, para a Nespresso é mais barato treinar seres humanos para agir como robôs do que comprar similares japoneses que cumpriria na perfeição a mesma função, e neste caso eu até compreenderia, as máquinas já sabemos de antemão que são frias e formais.
Meu recado: _Nespresso, não adianta usar o charme do George Clooney se nas lojas somos atendidos por pessoas que se comportam como robôs.
Texto: Enéas Bispo de Oliveira
Meu recado: _Nespresso, não adianta usar o charme do George Clooney se nas lojas somos atendidos por pessoas que se comportam como robôs.
Texto: Enéas Bispo de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário